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Simplesmente, Liberdade. Um blog de Gabriel Silva
31.10.03
"Coisa admiravelmente surpreeendente é ver milhões e milhões de homens miseravelmente subjugados e submetidos, de cabeça baixa, a um jugo deplorável; e não porque sejam obrigados a isso graças a uma força irresistível, mas porque são fascinados e, por assim dizer, enfeitiçados pelo único nome de um, que não deveriam temer já que é único, nem adorar, já que é – diante deles todos – desumano e cruel." (La Boétie)
OS PALHAÇOS
"A comissão de Ética recebeu ontem[dia 29] uma carta da deputada Maria Elisa na qual esta reafirma que suspendeu o seu mandato para "tratamentos médicos", sem abordar a sua provável nomeação para a embaixada portuguesa em Londres. O presidente da comissão de Ética, Jorge Lacão, afirmou que a comissão "não pode deliberar sobre uma nomeação que oficialmente não conhece" mas, em termos abstractos, admite que este cargo é incompatível com o mandato de deputada. No entanto, a nomeação de Maria Elisa saiu já em "Diário da República" no passado dia 24 de Outubro, por despacho do director-geral de administração dos Ministério dos Negócios Estrangeiros. " (Público)
Suspensão de mandato para efeitos de tratamentos médicos? Não existe "baixa" para os deputados? Os deputados não leêm o Diário da República? Como é que a dita Comissão poderá vir a "conhecer oficalmente" tal nomeação? Com fotocópia autenticada notarialmente do DR?
"(...)Luís Rodrigues afirmou que o apelo a Maria Elisa pretende "que ela tenha a atitude que ache mais conveniente, no seu interesse, no do grupo parlamentar do PSD e no do próprio Parlamento".
Apelos? Seu interesse? Mas que grande palhaçada!
Update: ver texto de Jorge Subtil, no Público de 2/11, sobre as "baixas fraudulentas".
"A comissão de Ética recebeu ontem[dia 29] uma carta da deputada Maria Elisa na qual esta reafirma que suspendeu o seu mandato para "tratamentos médicos", sem abordar a sua provável nomeação para a embaixada portuguesa em Londres. O presidente da comissão de Ética, Jorge Lacão, afirmou que a comissão "não pode deliberar sobre uma nomeação que oficialmente não conhece" mas, em termos abstractos, admite que este cargo é incompatível com o mandato de deputada. No entanto, a nomeação de Maria Elisa saiu já em "Diário da República" no passado dia 24 de Outubro, por despacho do director-geral de administração dos Ministério dos Negócios Estrangeiros. " (Público)
Suspensão de mandato para efeitos de tratamentos médicos? Não existe "baixa" para os deputados? Os deputados não leêm o Diário da República? Como é que a dita Comissão poderá vir a "conhecer oficalmente" tal nomeação? Com fotocópia autenticada notarialmente do DR?
"(...)Luís Rodrigues afirmou que o apelo a Maria Elisa pretende "que ela tenha a atitude que ache mais conveniente, no seu interesse, no do grupo parlamentar do PSD e no do próprio Parlamento".
Apelos? Seu interesse? Mas que grande palhaçada!
Update: ver texto de Jorge Subtil, no Público de 2/11, sobre as "baixas fraudulentas".
30.10.03
1 DE NOVEMBRO DE 1755
"...Mas para voltar ao meu relato desta terrível calamidade, tenho que referir agora que aqueles que puderam observar os movimentos da Terra durante os abalos dizem que as suas ondulações eram de leste para oeste, que é o curso do rio Tejo de Lisboa para o oceano. Durante os dois abalos violentos do terramoto, o cais principal da cidade, que era novo e construído em mármore bruto de um modo extremamente sólido, pois as pedras estavam não só seguras umas às outras com ferros, mas também unidas por juntas, de forma que constituissem quase um bloco único, afundou-se todo em conjunto (embora a maré vazasse antes muitas jardas abaixo da sua base) bem debaixo de água e tão fundo que nenhuma vara conseguiu alcançar a sua parte superior. Desde então, contaram (mas com que verdade não sei dizer) que, tendo sido experimentado com um fio, se descobriu ter-se afundado cinquenta braças abaixo da superfície da água. Assim, é provável que todo o leito do rio esteja alterado, pois durante os primeiros abalos e uma hora antes do avanço da água, da maneira tão extraordinária que eu descrevi, vários barcos passando no rio foram vistos a rodopiar como num remoínho e, então, com as popas levantadas fora da água, mergulharam a pique, sem voltar a subir, pelo menos ao alcance da vista dos observadores. Vários montes de sal nas margens do rio, muitas léguas acima de Lisboa, afundaram-se no chão quase a toda a altura e assim ficaram. A terra abriu-se em bastantes locais do reino, como em Alcântara, uma légua a oeste da cidade; em Sacavém, duas léguas a nordeste; em S. Martinho, quinze léguas para noroeste; em Azeitão, três léguas para o sul; e em Setúbal, quatro léguas para sudoeste, sem mencionar locais a maior distância. Algumas destas fendas ainda permanecem abertas, outras voltaram a fechar-se, de algumas brutou água, de outras veio um vapor sulforoso e de outros proveio apenas vento.(...)
Em relação à extensão deste terramoto e suas consequências, de momento apenas podemos dizer que foi imensamente grande. Sentiu-o todo o Portugal e a maior parte, se não todo o reino de Espanha. Chegaram navios que o sentiram no mar a 50 léguas a oeste. Diz-se que foi sentido em Cork na Irlanda; e disseram-nos que houve um avanço do mar muito considerável e irregular em Mounts-Bay, na Cornualha. Estamos impacientes por saber o que se passou em França, Itália, Barbária e nas Ilhas ocidentais, e estamos, de facto, em grande apreensão pela segurança das últimas."...
Carta dum mercador inglês, residente em Lisboa à data do Terramoto, a um compatriota amigo, in "O TERRAMOTO DE 1755 TESTEMUNHOS BRITÂNICOS", THE BRITISH HISTORICAL SOCIETY OF PORTUGAL & LISÓPTIMA, LDA., LISBOA, 1990, P. 37
"...Mas para voltar ao meu relato desta terrível calamidade, tenho que referir agora que aqueles que puderam observar os movimentos da Terra durante os abalos dizem que as suas ondulações eram de leste para oeste, que é o curso do rio Tejo de Lisboa para o oceano. Durante os dois abalos violentos do terramoto, o cais principal da cidade, que era novo e construído em mármore bruto de um modo extremamente sólido, pois as pedras estavam não só seguras umas às outras com ferros, mas também unidas por juntas, de forma que constituissem quase um bloco único, afundou-se todo em conjunto (embora a maré vazasse antes muitas jardas abaixo da sua base) bem debaixo de água e tão fundo que nenhuma vara conseguiu alcançar a sua parte superior. Desde então, contaram (mas com que verdade não sei dizer) que, tendo sido experimentado com um fio, se descobriu ter-se afundado cinquenta braças abaixo da superfície da água. Assim, é provável que todo o leito do rio esteja alterado, pois durante os primeiros abalos e uma hora antes do avanço da água, da maneira tão extraordinária que eu descrevi, vários barcos passando no rio foram vistos a rodopiar como num remoínho e, então, com as popas levantadas fora da água, mergulharam a pique, sem voltar a subir, pelo menos ao alcance da vista dos observadores. Vários montes de sal nas margens do rio, muitas léguas acima de Lisboa, afundaram-se no chão quase a toda a altura e assim ficaram. A terra abriu-se em bastantes locais do reino, como em Alcântara, uma légua a oeste da cidade; em Sacavém, duas léguas a nordeste; em S. Martinho, quinze léguas para noroeste; em Azeitão, três léguas para o sul; e em Setúbal, quatro léguas para sudoeste, sem mencionar locais a maior distância. Algumas destas fendas ainda permanecem abertas, outras voltaram a fechar-se, de algumas brutou água, de outras veio um vapor sulforoso e de outros proveio apenas vento.(...)
Em relação à extensão deste terramoto e suas consequências, de momento apenas podemos dizer que foi imensamente grande. Sentiu-o todo o Portugal e a maior parte, se não todo o reino de Espanha. Chegaram navios que o sentiram no mar a 50 léguas a oeste. Diz-se que foi sentido em Cork na Irlanda; e disseram-nos que houve um avanço do mar muito considerável e irregular em Mounts-Bay, na Cornualha. Estamos impacientes por saber o que se passou em França, Itália, Barbária e nas Ilhas ocidentais, e estamos, de facto, em grande apreensão pela segurança das últimas."...
Carta dum mercador inglês, residente em Lisboa à data do Terramoto, a um compatriota amigo, in "O TERRAMOTO DE 1755 TESTEMUNHOS BRITÂNICOS", THE BRITISH HISTORICAL SOCIETY OF PORTUGAL & LISÓPTIMA, LDA., LISBOA, 1990, P. 37
NEWS
O Memória Virtual dá a conhecer dois blogs diferentes e inovadores: o lúdico Proverbios, e o didático Aula de Português.
O Memória Virtual dá a conhecer dois blogs diferentes e inovadores: o lúdico Proverbios, e o didático Aula de Português.
NÃO SERIA...
conveniente averiguar desde já, se, no Caso Casa Pia, todos os advogados, juízes e procuradores tem de facto o curso de direito?
conveniente averiguar desde já, se, no Caso Casa Pia, todos os advogados, juízes e procuradores tem de facto o curso de direito?
O CRÂNI0
"Segundo Madaíl, foi o presidente do governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, quem inviabilizou a possibilidade de Portugal apresentar uma candidatura com 12 estádios à organização do Euro 2004. Não foram 12 estádios porque Alberto João Jardim não quis, porque teria de construir um em Porto Santo" (O Primeiro de Janeiro)
Portugal, um país de futebol? Não, Portugal, um páis de estádios de futebol. Por uma vez (que dificilmente se repetirá), AJJ deu um contributo, ainda que pequeno, mas altamente simbólico, para que Portugal não viesse a ser ainda mais enxovalhado e espoliado.
Quem é este homem que queria um estádio em Porto Santo? Quem se julga que é este cromo que foi deputado (!), para plantar alegremente estádios em cada canto do país?
"Segundo Madaíl, foi o presidente do governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, quem inviabilizou a possibilidade de Portugal apresentar uma candidatura com 12 estádios à organização do Euro 2004. Não foram 12 estádios porque Alberto João Jardim não quis, porque teria de construir um em Porto Santo" (O Primeiro de Janeiro)
Portugal, um país de futebol? Não, Portugal, um páis de estádios de futebol. Por uma vez (que dificilmente se repetirá), AJJ deu um contributo, ainda que pequeno, mas altamente simbólico, para que Portugal não viesse a ser ainda mais enxovalhado e espoliado.
Quem é este homem que queria um estádio em Porto Santo? Quem se julga que é este cromo que foi deputado (!), para plantar alegremente estádios em cada canto do país?
DIAGRAMA DO CÉREBRO
Diagram of the brain
c. 1300
Illumination on parchment, 21,7 x 14,2 cm (whole page)
University Library, Cambridge
Diagram of the brain
c. 1300
Illumination on parchment, 21,7 x 14,2 cm (whole page)
University Library, Cambridge
COMUNICAÇÃO II
Felizmente, o Adufe prossegue o debate, dado que certamente a totalidade dos blogs de jornalistas terá de se auto-impor uma abstinência nesta matéria. Nunca se sabe onde hoje ou amanhã teremos/temos de trabalhar, não é?
Adiante. Temos então 7 pontos para conversarmos.
1. Não é uma questão de acreditar na capacidade do Estado para intervir por forma a assegurar a necessária diversidade e evitar a excessiva concentração. Isto não vai lá com credos. O que defendo é que é esse o exclusivo papel, competência, poder, que o Estado deveria ter nesta matéria.
2. A liberdade de informação e de expressão não são "os objectivos mais nobres a ser garantidos pelos media". A existência de meios de comunicação livres está directamente relacionada com a existência de liberdade na sociedade. Se diminuir num lado, o outro lado vê igualmente diminuída a sua liberdade. Ou seja, a própria existência de medias livres é a constatação da existência de liberdade na sociedade.
3. Qualquer orgão de comunicação dependente financeiramente do Estado (ou de quem quer que seja, já agora) tem, inevitavelmente a sua liberdade ameaçada. O risco de perder aquele especial patrocionador, anunciante ou financiador (directo ou indirecto) constitui uma limitação. A questão não está na maior ou menor confiança que determinado governo concreto possa demonstrar pelo respeito da autonomia dos orgãos de informação de si dependentes. A minha posição é a de que essa função ( a de superintender ou deter orgãos de informação), não deverá caber, nem ser atribuída ao Estado.
4. Naturalmente e por essência o Estado tem grande parte dos seus organismos e serviços "politizados". E assim deve ser. Politizados não quer dizer "partidarizados". Politizados deverá significar que prosseguem as linhas políticas orientadoras determinadas e emanadas pelo poder político legitimo oriundo de uma vontade popular. Os Ministérios, os organismos autónomos, os institutos públicos deverão prosseguir a política determinada pelo poder político vigente pois foi essa a vontade expressa pelos eleitores. Volto a repetir: no que diz repseito à comunicação social diz respeito, não vejo que o Estado deva ter qualquer intervenção, a não ser assegurar o cumprimento das leis e das regras vigentes, nomeadamente assegurando a livre concorrência, a diversidade e o livre acesso. O orgão estatal (puro ou misto, questão política a resolver), encarregue dessa tarefa tem uma função eminentemente "política", mas aqui no sentido atrás apontado: não o da interferência nublosa de "partidarite", mas sim de assegurar uma função pública, legitimada e querida pela sociedade e que é necessária à própria existência da pluralidade e diversidade política.
5. O sistema de blindagem que defende tem a sua razão de ser exactamente na tal função política, numa das tarefas essênciais do Estado: assegurar a pluralidade e independência. Sim, pode-se-ia inventar um sistema "blindado" à interferência dos partidos. O que raramente vejo com bons olhos e passo a explicar sucintamente: devem evitar-se ao máximo, grupos, corpos, institutos e quejandos, autónomos da vontade política. Porque está-se a fumentar um dos maiores vícios da máquina pública e limitador da liberdade geral: a existência de interesses próprios, organicos, quase ou mesmo sem vestígios de legitimidade política, mas dotados de poderes públicos. As entidades detentoras de poderes públicos, que não respondem em caso algum, ou raramente, perante formas legitimadas de poder, são necessáriamente fonte de contrapoderes ilegitimos.
Mas voltamos à questão essencial: porque é que o Estado deve ser proprietário de meios de comunicação?
6. Ok, discorda. E...?
7. Aqui de facto discordamos. Não defendo que deva existir "equilibrio" entre mercado e Estado. Este último é sempre mais forte, e portanto deverá ser contido, vigiado e limitado. Sobre o Estado o Adufe defende que este se identifica com a sociedade, com o "nós". Ideia mais perigosa (ou como diria um professor meu: peregrina). O Estado é uma entidade que existe por si, que se autolegitima e se autorecria sem necessidade de intervenção da sociedade (e tantas vezes, preferindo que esta não interfira). A ideia de que o Estado representa a sociedade, que o Estado somos nós, é de todos, etc., isso sim, é algo que pertence ao domínio da crença e aí riposto, para não haver neste momento mais delongas: não acredito.
Retornando. Porquê a surpresa do Estado comprar espaço publicitário para exercer a sua função? Não é o que faz todos os dias ao mandar publicar anúncios de concursos, editais de tribunais, sentenças, leilões, comunicados, etc, num "jornal de expressão nacional ou local", a fim de exercer uma sua outra função: a da publicidade dos actos e a da transparência?
Custo: de mercado, naturalmente. Quem decide os conteúdos: o poder político, por intermédio dos orgãos estatais (ministério da educação, dos negócios estrangeiros, da defesa, do desporto, etc.) e analisando os tais "casos pontuais" onde a intervenção pública fosse entendida como necessária. A quem: dependendo dos objectivos, seriam escolhidos os orgão de informação mais convenientes. Tal como actualmente se passa: quem decide se um concurso público para um quadro técnico deverá ser publicado no Diário de Notícias, no Público ou no Expresso? Quem decide e de que forma uma consulta pública a um PDM é realizada? Em suma: as questões práticas seriam traçadas após os objectivos. Como qualquer bom acto de gestão.
Para concluir: Sim, os factos que aponta são bastante verdadeiros e até primam por uma certa contenção verbal ( se fosse eu...). Mas, porquê tanta preocupação? Eu já há anos que deixei de ver telejornais, por exemplo. E agora tenho os blogs e tantos sites, dvd's, cd,'s com informação, entretinimento intelegente, enfim. Tenho alternativas que me são mais agradáveis e úteis. A preocupação será então pelo povo em geral? Mas, pergunto: porquê essa preocupação, agora que "eles"conquistaram o direito a estar em todos os meios de informação, do primeiro ao último minuto, da primeira à última página? Não será um certo sentido de "expulsão" que certas "classes" (sem ofensa) sentem em relação a meios de informação que eram os "seus"? Um pouco o que se passou com certas praias da linha de Cascais no anos 50, 60? Ou com certas zonas do Algarve?
Padrões de referência e de qualidade vão e vem, como a vida: O Expresso foi um, já não é. O Público ainda é. A RTP nunca o foi.
As "escolas de excelência" académicas não servem para grande coisa, a não ser formar professores, reproduzindo o sistema interno e gastar dinheiros publicos. A excelência surge por necessidade, não por imposição. Se as empresas de comunicação, um dia entenderem ser necessário a criação de algo parecido com esse "centro de excelência", certamente o criarão. Se for o Estado a fazê-lo sem ligação à necessidades das empresas, por "imposição", vejo já o filme: o Estado a pagar estágios nas empresas privadas, estas a ficarem com pessoal temporário de graça, toda a gente a queixar-se, fraca qualidade e por aí fora.
"Regular e formar, informando de caminho". Eis uma cadeia de valor, distorcida. É que o papel de regular, é por essencia imcompatível com a sua actuação no mercado.
Felizmente, o Adufe prossegue o debate, dado que certamente a totalidade dos blogs de jornalistas terá de se auto-impor uma abstinência nesta matéria. Nunca se sabe onde hoje ou amanhã teremos/temos de trabalhar, não é?
Adiante. Temos então 7 pontos para conversarmos.
1. Não é uma questão de acreditar na capacidade do Estado para intervir por forma a assegurar a necessária diversidade e evitar a excessiva concentração. Isto não vai lá com credos. O que defendo é que é esse o exclusivo papel, competência, poder, que o Estado deveria ter nesta matéria.
2. A liberdade de informação e de expressão não são "os objectivos mais nobres a ser garantidos pelos media". A existência de meios de comunicação livres está directamente relacionada com a existência de liberdade na sociedade. Se diminuir num lado, o outro lado vê igualmente diminuída a sua liberdade. Ou seja, a própria existência de medias livres é a constatação da existência de liberdade na sociedade.
3. Qualquer orgão de comunicação dependente financeiramente do Estado (ou de quem quer que seja, já agora) tem, inevitavelmente a sua liberdade ameaçada. O risco de perder aquele especial patrocionador, anunciante ou financiador (directo ou indirecto) constitui uma limitação. A questão não está na maior ou menor confiança que determinado governo concreto possa demonstrar pelo respeito da autonomia dos orgãos de informação de si dependentes. A minha posição é a de que essa função ( a de superintender ou deter orgãos de informação), não deverá caber, nem ser atribuída ao Estado.
4. Naturalmente e por essência o Estado tem grande parte dos seus organismos e serviços "politizados". E assim deve ser. Politizados não quer dizer "partidarizados". Politizados deverá significar que prosseguem as linhas políticas orientadoras determinadas e emanadas pelo poder político legitimo oriundo de uma vontade popular. Os Ministérios, os organismos autónomos, os institutos públicos deverão prosseguir a política determinada pelo poder político vigente pois foi essa a vontade expressa pelos eleitores. Volto a repetir: no que diz repseito à comunicação social diz respeito, não vejo que o Estado deva ter qualquer intervenção, a não ser assegurar o cumprimento das leis e das regras vigentes, nomeadamente assegurando a livre concorrência, a diversidade e o livre acesso. O orgão estatal (puro ou misto, questão política a resolver), encarregue dessa tarefa tem uma função eminentemente "política", mas aqui no sentido atrás apontado: não o da interferência nublosa de "partidarite", mas sim de assegurar uma função pública, legitimada e querida pela sociedade e que é necessária à própria existência da pluralidade e diversidade política.
5. O sistema de blindagem que defende tem a sua razão de ser exactamente na tal função política, numa das tarefas essênciais do Estado: assegurar a pluralidade e independência. Sim, pode-se-ia inventar um sistema "blindado" à interferência dos partidos. O que raramente vejo com bons olhos e passo a explicar sucintamente: devem evitar-se ao máximo, grupos, corpos, institutos e quejandos, autónomos da vontade política. Porque está-se a fumentar um dos maiores vícios da máquina pública e limitador da liberdade geral: a existência de interesses próprios, organicos, quase ou mesmo sem vestígios de legitimidade política, mas dotados de poderes públicos. As entidades detentoras de poderes públicos, que não respondem em caso algum, ou raramente, perante formas legitimadas de poder, são necessáriamente fonte de contrapoderes ilegitimos.
Mas voltamos à questão essencial: porque é que o Estado deve ser proprietário de meios de comunicação?
6. Ok, discorda. E...?
7. Aqui de facto discordamos. Não defendo que deva existir "equilibrio" entre mercado e Estado. Este último é sempre mais forte, e portanto deverá ser contido, vigiado e limitado. Sobre o Estado o Adufe defende que este se identifica com a sociedade, com o "nós". Ideia mais perigosa (ou como diria um professor meu: peregrina). O Estado é uma entidade que existe por si, que se autolegitima e se autorecria sem necessidade de intervenção da sociedade (e tantas vezes, preferindo que esta não interfira). A ideia de que o Estado representa a sociedade, que o Estado somos nós, é de todos, etc., isso sim, é algo que pertence ao domínio da crença e aí riposto, para não haver neste momento mais delongas: não acredito.
Retornando. Porquê a surpresa do Estado comprar espaço publicitário para exercer a sua função? Não é o que faz todos os dias ao mandar publicar anúncios de concursos, editais de tribunais, sentenças, leilões, comunicados, etc, num "jornal de expressão nacional ou local", a fim de exercer uma sua outra função: a da publicidade dos actos e a da transparência?
Custo: de mercado, naturalmente. Quem decide os conteúdos: o poder político, por intermédio dos orgãos estatais (ministério da educação, dos negócios estrangeiros, da defesa, do desporto, etc.) e analisando os tais "casos pontuais" onde a intervenção pública fosse entendida como necessária. A quem: dependendo dos objectivos, seriam escolhidos os orgão de informação mais convenientes. Tal como actualmente se passa: quem decide se um concurso público para um quadro técnico deverá ser publicado no Diário de Notícias, no Público ou no Expresso? Quem decide e de que forma uma consulta pública a um PDM é realizada? Em suma: as questões práticas seriam traçadas após os objectivos. Como qualquer bom acto de gestão.
Para concluir: Sim, os factos que aponta são bastante verdadeiros e até primam por uma certa contenção verbal ( se fosse eu...). Mas, porquê tanta preocupação? Eu já há anos que deixei de ver telejornais, por exemplo. E agora tenho os blogs e tantos sites, dvd's, cd,'s com informação, entretinimento intelegente, enfim. Tenho alternativas que me são mais agradáveis e úteis. A preocupação será então pelo povo em geral? Mas, pergunto: porquê essa preocupação, agora que "eles"conquistaram o direito a estar em todos os meios de informação, do primeiro ao último minuto, da primeira à última página? Não será um certo sentido de "expulsão" que certas "classes" (sem ofensa) sentem em relação a meios de informação que eram os "seus"? Um pouco o que se passou com certas praias da linha de Cascais no anos 50, 60? Ou com certas zonas do Algarve?
Padrões de referência e de qualidade vão e vem, como a vida: O Expresso foi um, já não é. O Público ainda é. A RTP nunca o foi.
As "escolas de excelência" académicas não servem para grande coisa, a não ser formar professores, reproduzindo o sistema interno e gastar dinheiros publicos. A excelência surge por necessidade, não por imposição. Se as empresas de comunicação, um dia entenderem ser necessário a criação de algo parecido com esse "centro de excelência", certamente o criarão. Se for o Estado a fazê-lo sem ligação à necessidades das empresas, por "imposição", vejo já o filme: o Estado a pagar estágios nas empresas privadas, estas a ficarem com pessoal temporário de graça, toda a gente a queixar-se, fraca qualidade e por aí fora.
"Regular e formar, informando de caminho". Eis uma cadeia de valor, distorcida. É que o papel de regular, é por essencia imcompatível com a sua actuação no mercado.
29.10.03
RETRATOS
A não perder. Ver o novo e o futuro Portugal na posta "a abébia", no Barnabé.
A não perder. Ver o novo e o futuro Portugal na posta "a abébia", no Barnabé.
28.10.03
SAMPAIO DEFENDE EXISTÊNCIA DE SENADO EUROPEU
"Até vou dizer uma coisa pela primeira vez: gostaria que, para proteger a igualdade dos Estados como princípio fundamental, houvesse uma segunda câmara, onde cada Estado tinha um voto."
É pena é que seja a "primeira vez". É pena é que não tenha sido dado destaque a esta posição, que, ao que julgo, é a primeira vez que um político português defende tal solução. É pena é que depois o PR se enrede num discurso nubloso sobre a forma de se proceder a um referendo, que na prática lhe retira qualquer interesse prático. Então só se fará o referendo DEPOIS de o Tratado estar concluído? E até mesmo assinado e ratificado? Isso é o mesmo que defender a sua não realização. Sejam claros e assumam as consequências.
"Até vou dizer uma coisa pela primeira vez: gostaria que, para proteger a igualdade dos Estados como princípio fundamental, houvesse uma segunda câmara, onde cada Estado tinha um voto."
É pena é que seja a "primeira vez". É pena é que não tenha sido dado destaque a esta posição, que, ao que julgo, é a primeira vez que um político português defende tal solução. É pena é que depois o PR se enrede num discurso nubloso sobre a forma de se proceder a um referendo, que na prática lhe retira qualquer interesse prático. Então só se fará o referendo DEPOIS de o Tratado estar concluído? E até mesmo assinado e ratificado? Isso é o mesmo que defender a sua não realização. Sejam claros e assumam as consequências.
27.10.03
E SE...
O PS tivesse vencido as eleições?
Nada disto que temos assistido se teria passado: Paulo Pedroso, ministro de Estado, saíria de fininho logo no dia em que soubesse que estava a ser investigado, o primeiro-ministro FR, eloquentemente diria (tal como o actual) que acreditava e respeitava a separação de poderes e no "caminho da justiça", não haveria lugar a escutas escandalosas nem "caganças e caneladas" diversas, nem conversinhas em casa de. A palavra "cabala" seria usada com parcimónia, "urdidura" continuaria no limbo dos diccionários. O PGR seria o farol da justiça. O Ministro da Justiça António Costa, não faria comentários (tal como a actual ministra). A oposição não teria motivos para grandes achaques e estaria neste momento a criticar o OE, a defender um referendo sobre a constituição europeia ou a fazer um escândalo sobre a utilização do Panteão Nacional para actividades comerciais. A reforma do processo penal estaria quase concluída. E por aí adiante.
Ou será que não? Seria ainda pior?
O PS tivesse vencido as eleições?
Nada disto que temos assistido se teria passado: Paulo Pedroso, ministro de Estado, saíria de fininho logo no dia em que soubesse que estava a ser investigado, o primeiro-ministro FR, eloquentemente diria (tal como o actual) que acreditava e respeitava a separação de poderes e no "caminho da justiça", não haveria lugar a escutas escandalosas nem "caganças e caneladas" diversas, nem conversinhas em casa de. A palavra "cabala" seria usada com parcimónia, "urdidura" continuaria no limbo dos diccionários. O PGR seria o farol da justiça. O Ministro da Justiça António Costa, não faria comentários (tal como a actual ministra). A oposição não teria motivos para grandes achaques e estaria neste momento a criticar o OE, a defender um referendo sobre a constituição europeia ou a fazer um escândalo sobre a utilização do Panteão Nacional para actividades comerciais. A reforma do processo penal estaria quase concluída. E por aí adiante.
Ou será que não? Seria ainda pior?
SAIR DA TOCA
É bom para a democracia que esta gente saia da obscuridade e participe da discussão política. Que as suas opiniões sejam escrutinadas pela opinião pública e mais tarde pelos eleitores.
Apenas uma nota para a autora do artigo: também o Bloco de Esquerda, a Nova Democracia e sei lá quem mais, passou pelo crivo constitucional, não sendo detectado "qualquer vício ou irregularidade". Parece-me, mas posso estar errado, que a inserção do último parágrafo pretende exatamente fazer uma similitude entre os conteúdos e mensagem política desse partido e aquilo que a Constituição pretende proibir. Similitude que o Tribunal constitucional não fez. Ficamos assim a saber a opinião da jornalista. Mas isso não é informação. Ou é?
É bom para a democracia que esta gente saia da obscuridade e participe da discussão política. Que as suas opiniões sejam escrutinadas pela opinião pública e mais tarde pelos eleitores.
Apenas uma nota para a autora do artigo: também o Bloco de Esquerda, a Nova Democracia e sei lá quem mais, passou pelo crivo constitucional, não sendo detectado "qualquer vício ou irregularidade". Parece-me, mas posso estar errado, que a inserção do último parágrafo pretende exatamente fazer uma similitude entre os conteúdos e mensagem política desse partido e aquilo que a Constituição pretende proibir. Similitude que o Tribunal constitucional não fez. Ficamos assim a saber a opinião da jornalista. Mas isso não é informação. Ou é?
COMUNICAÇÃO SOCIAL
O Adufe prossegue a discussão sobre a comunicação social. E defende a necessidade da existência de um serviço público: "acho que é indispensável existirem meios de comunicação social que prestem serviço público. Ou seja, há uma definição de serviço público! Penso que há serviço público que pode ser prestado pelos privados e que há ainda necessidade de termos órgãos não dependentes da publicidade, vinculados a uma definição de serviço público estabelecida pelo Estado e garantida por este (entenda-se fiscalização e financiamento). "
Não vejo porquê. A existência de empresas de comunicação social dependentes das receitas de publicidade e das vendas de serviços constitui por si algum entrave à liberdade de expressão e/ou direito à informação? Não creio. Julgo, pelo contrário, que são elas mesmas um pressuposto da própria liberdade de expressão.
A única correção ao mercado que entendo necessária é a da evitar concentrações abusivas (tal como se passa actualmente com o Grupo Estado/PT) por forma a não limitar a própria liberdade de iniciativa. A excessiva concentração inibe a entrada de novos actores no mercado, limitando a livre concorrência, a entrada de novas propostas e a necessária diversidade.
A garantia da livre concorrência, evitando monopólios e concentrações, seria a única função do Estado que a sociedade deveria entregar ao Estado. Mais nada.
A existência de orgãos de informação não dependentes de receitas publicitárias e/ou de venda de serviços torna-os dependentes de subsídios governamentais. Tal traz necessáriamente uma dependência política que julgo que numa sociedade livre deverá ser sempre de evitar. A politização dos orgãos de informação dependentes do Estado é inevitável e como tal deverá ser rejeitada, por essa sim, ser violadora do principio da liberdade de informação e de expressão.
Pergunta: e não haverá matérias informativas, que a sociedade entenda que a iniciativa privada não consegue dar resposta(por falta de mercado, por ausência de capacidade de investimento, etc), justificando-se uma intervenção por parte do Estado? Sim, pontualmente, poderão existir áreas que a iniciativa privada não cubra e que a sociedade entenda, em dado momento, dever serem asseguradas. Alguns exemplos: fazer chegar aos emigrantes portugueses informação noticiosa sobre o seu pais, programas de ensino da língua portuguesa a minorias etnicas, programas de formação escolar de adultos, educação sanitária e cívica, ou outros neste género. Que necessidades concretas deverão ser asseguradas por meios publicos, é matéria política e como tal, deverá ser definida pelos orgãos próprios.
Mas para cumprir esses objectivos sociais e políticos, o Estado não necessita de ser proprietário de orgãos de informação. apenas deveria comprar espaço de informação nos orgãos de informação que fossem mais convenientes para prestar esse serviço. Tal forma de actuação só traria vantagens. Os objectivos seriam claros e escrutináveis pela sociedade. Económicamente seria muitíssimo mais vantajoso. O investimento seria variável consoante as necessidades conjunturais e as opções políticas.
O Adufe prossegue a discussão sobre a comunicação social. E defende a necessidade da existência de um serviço público: "acho que é indispensável existirem meios de comunicação social que prestem serviço público. Ou seja, há uma definição de serviço público! Penso que há serviço público que pode ser prestado pelos privados e que há ainda necessidade de termos órgãos não dependentes da publicidade, vinculados a uma definição de serviço público estabelecida pelo Estado e garantida por este (entenda-se fiscalização e financiamento). "
Não vejo porquê. A existência de empresas de comunicação social dependentes das receitas de publicidade e das vendas de serviços constitui por si algum entrave à liberdade de expressão e/ou direito à informação? Não creio. Julgo, pelo contrário, que são elas mesmas um pressuposto da própria liberdade de expressão.
A única correção ao mercado que entendo necessária é a da evitar concentrações abusivas (tal como se passa actualmente com o Grupo Estado/PT) por forma a não limitar a própria liberdade de iniciativa. A excessiva concentração inibe a entrada de novos actores no mercado, limitando a livre concorrência, a entrada de novas propostas e a necessária diversidade.
A garantia da livre concorrência, evitando monopólios e concentrações, seria a única função do Estado que a sociedade deveria entregar ao Estado. Mais nada.
A existência de orgãos de informação não dependentes de receitas publicitárias e/ou de venda de serviços torna-os dependentes de subsídios governamentais. Tal traz necessáriamente uma dependência política que julgo que numa sociedade livre deverá ser sempre de evitar. A politização dos orgãos de informação dependentes do Estado é inevitável e como tal deverá ser rejeitada, por essa sim, ser violadora do principio da liberdade de informação e de expressão.
Pergunta: e não haverá matérias informativas, que a sociedade entenda que a iniciativa privada não consegue dar resposta(por falta de mercado, por ausência de capacidade de investimento, etc), justificando-se uma intervenção por parte do Estado? Sim, pontualmente, poderão existir áreas que a iniciativa privada não cubra e que a sociedade entenda, em dado momento, dever serem asseguradas. Alguns exemplos: fazer chegar aos emigrantes portugueses informação noticiosa sobre o seu pais, programas de ensino da língua portuguesa a minorias etnicas, programas de formação escolar de adultos, educação sanitária e cívica, ou outros neste género. Que necessidades concretas deverão ser asseguradas por meios publicos, é matéria política e como tal, deverá ser definida pelos orgãos próprios.
Mas para cumprir esses objectivos sociais e políticos, o Estado não necessita de ser proprietário de orgãos de informação. apenas deveria comprar espaço de informação nos orgãos de informação que fossem mais convenientes para prestar esse serviço. Tal forma de actuação só traria vantagens. Os objectivos seriam claros e escrutináveis pela sociedade. Económicamente seria muitíssimo mais vantajoso. O investimento seria variável consoante as necessidades conjunturais e as opções políticas.
26.10.03
DN.Lusomundo.PT (ou o grande polvo)
Diz o Adufe: "Para um jornal cuja declaração editorial pugna pela independência face aos restantes poderes como é o caso do DN(...)"
Isso deve ser uma afirmação histórica. Há anos que o DN não é independente de coisa nenhuma, sobretudo do poder económico e dos seus patrões: a PT/Lusomundo. A quantidade de filmes da Lusomundo, completamente irrelevantes que passaram em grande destaque pela sua capa, diz tudo. Se há jornal com meios generosos e poderosos de promoção é o DN: publicidade na TSF, no JN e em todas as televisões com a presença assídua dos seus colaboradores. Mas, todos os dias perde leitores. Porque será?
Aqueles que defenderam o modelo de prvatização da PT estão agora a provar o sabor do que colheram: queriam receber receitas e manter o Governo com um pé na comunicação social? Ora tomem lá que merecem!
O governo nomeia actualmente os presidentes dos Conselhos de Administração das empresas que detêm os seguintes meios de comunicação:
DN, JN, TSF, Grande Reportagem, 24 Horas; Jornal do Fundão, Diário de Notícias da Madeira, Açoriano Oriental, RTP1, RTP2, RTP Internacional, NTV, RTP África, RTP Açores, RTP Madeira, Teletexto, Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP África, RDP Internacional, RDP Açores, RDP Madeira, RDP Norte, RDP Centro, RDP Sul, TVCabo, Lusa e Portal Sapo.
Falaram de concentração? Falam de governamentalização da comunicação social? Quem permitiu este quase monopólio?
Mas porque é que o Governo/Estado precisa de ter meios de comunicação? Em que é que é que a propriedade estatal dos meios de comunicação contribui para a liberdade de expressão ou para o acesso à informação? Porque é que o Governo continua a nomear o presidente de uma empresa maioritariamente privada, dentora dos maiores e mais significativos meios de comunicação social, bem como das estruturas de comunicação? O que é que isso tem a haver com as funções do Estado?
Diz o Adufe: "Para um jornal cuja declaração editorial pugna pela independência face aos restantes poderes como é o caso do DN(...)"
Isso deve ser uma afirmação histórica. Há anos que o DN não é independente de coisa nenhuma, sobretudo do poder económico e dos seus patrões: a PT/Lusomundo. A quantidade de filmes da Lusomundo, completamente irrelevantes que passaram em grande destaque pela sua capa, diz tudo. Se há jornal com meios generosos e poderosos de promoção é o DN: publicidade na TSF, no JN e em todas as televisões com a presença assídua dos seus colaboradores. Mas, todos os dias perde leitores. Porque será?
Aqueles que defenderam o modelo de prvatização da PT estão agora a provar o sabor do que colheram: queriam receber receitas e manter o Governo com um pé na comunicação social? Ora tomem lá que merecem!
O governo nomeia actualmente os presidentes dos Conselhos de Administração das empresas que detêm os seguintes meios de comunicação:
DN, JN, TSF, Grande Reportagem, 24 Horas; Jornal do Fundão, Diário de Notícias da Madeira, Açoriano Oriental, RTP1, RTP2, RTP Internacional, NTV, RTP África, RTP Açores, RTP Madeira, Teletexto, Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP África, RDP Internacional, RDP Açores, RDP Madeira, RDP Norte, RDP Centro, RDP Sul, TVCabo, Lusa e Portal Sapo.
Falaram de concentração? Falam de governamentalização da comunicação social? Quem permitiu este quase monopólio?
Mas porque é que o Governo/Estado precisa de ter meios de comunicação? Em que é que é que a propriedade estatal dos meios de comunicação contribui para a liberdade de expressão ou para o acesso à informação? Porque é que o Governo continua a nomear o presidente de uma empresa maioritariamente privada, dentora dos maiores e mais significativos meios de comunicação social, bem como das estruturas de comunicação? O que é que isso tem a haver com as funções do Estado?
PANTEÃO
Espero que dentro de poucas horas se saiba quem foi o "perfeitamente anormal" que autorizou o lançamento do livro do Harry Potter no Panteão Nacional. E que o dito cujo irresponsável amanhã mesmo se junte, justificadamente, aos 500 mil desempregados.
Eu entretanto já comprei o meu exemplar num local decente. Numa livraria.
Espero que dentro de poucas horas se saiba quem foi o "perfeitamente anormal" que autorizou o lançamento do livro do Harry Potter no Panteão Nacional. E que o dito cujo irresponsável amanhã mesmo se junte, justificadamente, aos 500 mil desempregados.
Eu entretanto já comprei o meu exemplar num local decente. Numa livraria.
25.10.03
RETRATOS
"O ceticismo público, a frieza popular ante os mais sérios interesses da democracia, a inconsciência nacional em presença dos riscos mais temerosos, a incapacidade crescente dos estadistas, o arruinamento sucessivo dos nomes políticos, o descrédito engravescente do poder, a inocência infantil do governo ao pé das complicações mais perigosas, a desestima dos princípios, as deserções de todo o gênero, os compromissos clandestinos explicando os fatos mais solenes, o luxo ridículo e nodoado das pequenas fortunas, o uso egoístico e estéril da riqueza, a afilhadagem universal, a postergação acintosa e proverbial do mérito, um mesquinho industrialismo, a indolência, a tibieza, a flacidez de uma anemia profunda e adiantada enchem de sombras a alma dos verdadeiros patriotas. Pensa-se nas gerações vigorosas dos nossos antepassados, e pergunta-se de que modo traspassaremos aos nossos descendentes a sagrada herança da pátria."
Rio de Janeiro, DF
Obras Completas de Rui Barbosa.
V. 9, t. 2, 1882. p. 262
"O ceticismo público, a frieza popular ante os mais sérios interesses da democracia, a inconsciência nacional em presença dos riscos mais temerosos, a incapacidade crescente dos estadistas, o arruinamento sucessivo dos nomes políticos, o descrédito engravescente do poder, a inocência infantil do governo ao pé das complicações mais perigosas, a desestima dos princípios, as deserções de todo o gênero, os compromissos clandestinos explicando os fatos mais solenes, o luxo ridículo e nodoado das pequenas fortunas, o uso egoístico e estéril da riqueza, a afilhadagem universal, a postergação acintosa e proverbial do mérito, um mesquinho industrialismo, a indolência, a tibieza, a flacidez de uma anemia profunda e adiantada enchem de sombras a alma dos verdadeiros patriotas. Pensa-se nas gerações vigorosas dos nossos antepassados, e pergunta-se de que modo traspassaremos aos nossos descendentes a sagrada herança da pátria."
Rio de Janeiro, DF
Obras Completas de Rui Barbosa.
V. 9, t. 2, 1882. p. 262
ADEUS TSF
Durante anos trabalhei ao som da TSF, sobretudo da parte da tarde, pois o Fórum é de evitar. As viagens de carro eram também feitas com o seu som de fundo. A música nem sempre era de primeira água, mas também não obrigava a mudanças de estação. E quando Aníbal Cabrita estava ao leme da emissão notava-se. Era de por mais alto e estar bem atento.
Tudo isso acabou. O mau gosto, a xaropice melosa, foleira e playlistiana é de fugir. As tardes foram estragadas com o inenarrável Forum Mulher.
Enfim, após longos anos de ligação, digo: Adeus TSF. Ouvirei de vez em quando os teus 3 minutos de notícias. Mas frequentarei outras companhias para as minhas viagens e para as longas horas de trabalho. Obrigado e até sempre.
Durante anos trabalhei ao som da TSF, sobretudo da parte da tarde, pois o Fórum é de evitar. As viagens de carro eram também feitas com o seu som de fundo. A música nem sempre era de primeira água, mas também não obrigava a mudanças de estação. E quando Aníbal Cabrita estava ao leme da emissão notava-se. Era de por mais alto e estar bem atento.
Tudo isso acabou. O mau gosto, a xaropice melosa, foleira e playlistiana é de fugir. As tardes foram estragadas com o inenarrável Forum Mulher.
Enfim, após longos anos de ligação, digo: Adeus TSF. Ouvirei de vez em quando os teus 3 minutos de notícias. Mas frequentarei outras companhias para as minhas viagens e para as longas horas de trabalho. Obrigado e até sempre.
UM FRACASSO
Ora aqui está quem tem poderes sobrenaturais: tudo o que penso e não soube escrever está ali escarrapachado. Quem é este Pedro Magalhães? Não sei, nem por agora me interessa. Mas um grande bem haja. Afinal ainda há quem veja as coisas como elas são.
Ora aqui está quem tem poderes sobrenaturais: tudo o que penso e não soube escrever está ali escarrapachado. Quem é este Pedro Magalhães? Não sei, nem por agora me interessa. Mas um grande bem haja. Afinal ainda há quem veja as coisas como elas são.
QUOTAS
Começo a pensar (deve ser da idade) que a introdução de um sistema de quotas tem, em certos casos, virtualidades.
"A população residente em Portugal com 100 anos ou mais diminuiu 22 por cento na década de 90, atingindo em 2001 as 589 pessoas, refere fonte do INE à Lusa. A grande maioria (84%) dos centenários é do sexo feminino; (...)
(Público, 24/10)
Começo a pensar (deve ser da idade) que a introdução de um sistema de quotas tem, em certos casos, virtualidades.
"A população residente em Portugal com 100 anos ou mais diminuiu 22 por cento na década de 90, atingindo em 2001 as 589 pessoas, refere fonte do INE à Lusa. A grande maioria (84%) dos centenários é do sexo feminino; (...)
(Público, 24/10)
BOA resPOSTA
"George W. Bush foi recebido ontem com protestos e palavras de ordem antiguerra por manifestantes que se juntaram no caminho que conduz ao Parlamento australiano (...) dois senadores que se opuseram à guerra no Iraque interromperam a intervenção de Bush com protestos, aos quais este respondeu com um sorriso e um comentário: "adoro a liberdade de expressão".
(Público 24/10)
"George W. Bush foi recebido ontem com protestos e palavras de ordem antiguerra por manifestantes que se juntaram no caminho que conduz ao Parlamento australiano (...) dois senadores que se opuseram à guerra no Iraque interromperam a intervenção de Bush com protestos, aos quais este respondeu com um sorriso e um comentário: "adoro a liberdade de expressão".
(Público 24/10)
FAÇA-SE LUZ!
É de facto um estádio lindíssimo. Os meu parabéns à construtora e a todos os imigrantes africanos, ucranianos,urssos, cabo-verdianos, moldavos, ... que o ajudaram a pôr de pé.
Mas a Memória Virtual levanta de facto algumas questões importantes: como é possível um clube/SAD falido pôr de pé, em dois anos apenas uma obra destas? Como é possível uma obra orçada em 45 milhões de euros passar para 100 milhóes em tão pouco tempo? Não me venham falar em mística, pois essa tem pouco dinheiro. Um presidente do clube cumpre actualmente pena de prisão por diversos crimes. E ainda não acabaram os julgamentos e haverá certamente mais uns anitos a somar às penas actuais. Haverá outros presidentes em calha para a prisão, assim que saírem da presidência? (pois como se sabe o MP não toca em presidentes em exercício).
Quem vai pagar o estádio? Que malabarismos fizeram os diversos presidentes da CML (JS+JS+PSL) para tornar possível a construção do novo estádio?
Porque é que tanta gente pretende ser presidente de clubes falidos?
É de facto um estádio lindíssimo. Os meu parabéns à construtora e a todos os imigrantes africanos, ucranianos,urssos, cabo-verdianos, moldavos, ... que o ajudaram a pôr de pé.
Mas a Memória Virtual levanta de facto algumas questões importantes: como é possível um clube/SAD falido pôr de pé, em dois anos apenas uma obra destas? Como é possível uma obra orçada em 45 milhões de euros passar para 100 milhóes em tão pouco tempo? Não me venham falar em mística, pois essa tem pouco dinheiro. Um presidente do clube cumpre actualmente pena de prisão por diversos crimes. E ainda não acabaram os julgamentos e haverá certamente mais uns anitos a somar às penas actuais. Haverá outros presidentes em calha para a prisão, assim que saírem da presidência? (pois como se sabe o MP não toca em presidentes em exercício).
Quem vai pagar o estádio? Que malabarismos fizeram os diversos presidentes da CML (JS+JS+PSL) para tornar possível a construção do novo estádio?
Porque é que tanta gente pretende ser presidente de clubes falidos?
É DIFÍCIL SER...
1.Liberal.
2.Socialista.
3.Comunista.
4.Fascista.
5.Democrata-Cristão.
6.Social-Democrata.
7.Conservador
Só é fácil ser gelatina.
Conferir:
1. Ver posta no Catalaxia e livro do CAA
2. Ver jornais, rádios e televisão;
3. Ver PCP
4. Ver Constituição da República Portuguesa
5. Ver catecismo da Igreja Católica;
6. Ver programa do governo;
7. Ver congelador.
1.Liberal.
2.Socialista.
3.Comunista.
4.Fascista.
5.Democrata-Cristão.
6.Social-Democrata.
7.Conservador
Só é fácil ser gelatina.
Conferir:
1. Ver posta no Catalaxia e livro do CAA
2. Ver jornais, rádios e televisão;
3. Ver PCP
4. Ver Constituição da República Portuguesa
5. Ver catecismo da Igreja Católica;
6. Ver programa do governo;
7. Ver congelador.
GOOGLE
Os últimos infortunados que vieram cá parar andavam à procura dos seguintes temas:
- +"partes da vaca" +inglês
- Liga portugesa Deficientes
- infantario braga
Agora que foi anunciado que o Google pretende lançar uma OPA em bolsa, via internet, julgo que seria avisado alguem fazer o favor de os aconselhar a retirar os blogs do âmbito do motor de pesquisa. A produtividade de muita gente deve andar seriamente abalada com este redirecionamento para blogs, cujo valor acrescentado, como sabemos, é pequeno para quem por exemplo, procura informações para as "partes de vaca em inglês".
Os últimos infortunados que vieram cá parar andavam à procura dos seguintes temas:
- +"partes da vaca" +inglês
- Liga portugesa Deficientes
- infantario braga
Agora que foi anunciado que o Google pretende lançar uma OPA em bolsa, via internet, julgo que seria avisado alguem fazer o favor de os aconselhar a retirar os blogs do âmbito do motor de pesquisa. A produtividade de muita gente deve andar seriamente abalada com este redirecionamento para blogs, cujo valor acrescentado, como sabemos, é pequeno para quem por exemplo, procura informações para as "partes de vaca em inglês".
LISBOA: NOTAS DE UMA VIAGEM
Sábado passado estive em Lisboa. Algumas notas para memória futura.
A CP/Refer, apesar dos vultosos investimentos subsidiados pelos contribuintes nos últimos anos, continuam a não conseguir cumprir o horário anunciado nos bilhetes. E uma viagem de 300 km consegue demorar, no início do século XX,I 3h45m num comboio Alfa, que é o serviço de "ponta". Ponta e mola, já agora, pois o preço é caríssimo.
A educação, acolhimento e profissionalismo dos empregados dos cafés continua muito por baixo. Reles, mesmo. Não há quem responda a um simples bom dia. Todos nos olham como se estivessemos a incomodar o sossego de uma loja vazia. O troco é abandonado com brusquidão em cima da superficie mais próxima do cliente. E este abandona, qual rato escorraçado, o estabelecimento, sem uma palavra, sem um aceno. Só, de volta à rua, qual sem-abrigo.
As estação de metro da linha do Oriente são de ofuscar a vista, tal a grandiosidade magestosa de traço terceiro mundista. Alguém pagou aquilo tudo.
Os comboios do metro chiam por todos os lados. Qualquer conversa tem de ser soprada fortemente ao ouvido de quem se senta a nosso lado. Um bilhete custa 65 cêntimos, não há zonas e pode-se percorrer dezenas de quilómetros com o mesmo bilhete, saindo e entrando em diversas composições e linhas. Comparativamente, no Porto um bilhete custa 1 euro e dá para fazer 4 km, com uma subdivisão extraordinária de 3 zonas. Eu sei, eu sei, pretende-se que no Porto não se cometam os mesmo erros de gestão financeira da capital. Mas ouvi dizer que não só os lisboetas a pagar o défice.
A diversidade de línguas que se ouve na capital é algo que me impressiona ainda hoje. Sei que vou a Lisboa 3 a 4 vezes por ano, por curtas estadias. Talves seja apenas isso e não tenha a noção do seu intrínseco cosmopolitismo. Mas é-me agradável ouvir falar fluentemente creoulo, entrecortado por um diálogo numa lingua eslava e a discussão de um casal de turistas italianos de mapa na mão. Tudo isto em simultãneo.
O novo Estádio da Luz é lindíssimo, por fora. Não sei como, mas alguém o vai pagar.
Sábado passado estive em Lisboa. Algumas notas para memória futura.
A CP/Refer, apesar dos vultosos investimentos subsidiados pelos contribuintes nos últimos anos, continuam a não conseguir cumprir o horário anunciado nos bilhetes. E uma viagem de 300 km consegue demorar, no início do século XX,I 3h45m num comboio Alfa, que é o serviço de "ponta". Ponta e mola, já agora, pois o preço é caríssimo.
A educação, acolhimento e profissionalismo dos empregados dos cafés continua muito por baixo. Reles, mesmo. Não há quem responda a um simples bom dia. Todos nos olham como se estivessemos a incomodar o sossego de uma loja vazia. O troco é abandonado com brusquidão em cima da superficie mais próxima do cliente. E este abandona, qual rato escorraçado, o estabelecimento, sem uma palavra, sem um aceno. Só, de volta à rua, qual sem-abrigo.
As estação de metro da linha do Oriente são de ofuscar a vista, tal a grandiosidade magestosa de traço terceiro mundista. Alguém pagou aquilo tudo.
Os comboios do metro chiam por todos os lados. Qualquer conversa tem de ser soprada fortemente ao ouvido de quem se senta a nosso lado. Um bilhete custa 65 cêntimos, não há zonas e pode-se percorrer dezenas de quilómetros com o mesmo bilhete, saindo e entrando em diversas composições e linhas. Comparativamente, no Porto um bilhete custa 1 euro e dá para fazer 4 km, com uma subdivisão extraordinária de 3 zonas. Eu sei, eu sei, pretende-se que no Porto não se cometam os mesmo erros de gestão financeira da capital. Mas ouvi dizer que não só os lisboetas a pagar o défice.
A diversidade de línguas que se ouve na capital é algo que me impressiona ainda hoje. Sei que vou a Lisboa 3 a 4 vezes por ano, por curtas estadias. Talves seja apenas isso e não tenha a noção do seu intrínseco cosmopolitismo. Mas é-me agradável ouvir falar fluentemente creoulo, entrecortado por um diálogo numa lingua eslava e a discussão de um casal de turistas italianos de mapa na mão. Tudo isto em simultãneo.
O novo Estádio da Luz é lindíssimo, por fora. Não sei como, mas alguém o vai pagar.
24.10.03
Geometric Patterns
Tiles were introduced to Iberia by Moors from North Africa. The word azulejo comes from the arabic for 'little stone'. This probably referred originally to mosaics. Most of the Moors in Iberia belonged to the Sunni branch of Islam which outlawed images of living things. It has been sugessted that this is why tiles from this period use geometric patterns rather then the organic floral patterns of the Portuguese. The Moors left behind many exmaples of tiles when they were expelled from Portugal. The fashion for tiles and white washed walls continued without them.
The tiles shown above are not from Moorish times, but to this day the taste for geometric patterns remains.
(ver mais em http://www.newmediarepublic.com/azulejos/)
Tiles were introduced to Iberia by Moors from North Africa. The word azulejo comes from the arabic for 'little stone'. This probably referred originally to mosaics. Most of the Moors in Iberia belonged to the Sunni branch of Islam which outlawed images of living things. It has been sugessted that this is why tiles from this period use geometric patterns rather then the organic floral patterns of the Portuguese. The Moors left behind many exmaples of tiles when they were expelled from Portugal. The fashion for tiles and white washed walls continued without them.
The tiles shown above are not from Moorish times, but to this day the taste for geometric patterns remains.
(ver mais em http://www.newmediarepublic.com/azulejos/)
HONRA E NÃO VIOLÊNCIA
Painel de azulejos na Estação de São Bento, Porto, por Jorge Colaço (1868-1942)
Painel de azulejos na Estação de São Bento, Porto, por Jorge Colaço (1868-1942)
CAA
Painel de azulejos na Estação de São Bento, Porto, por Jorge Colaço (1868-1942)
Painel de azulejos na Estação de São Bento, Porto, por Jorge Colaço (1868-1942)
FINALMENTE!
Concursos públicos para a função pública obrigatórios via internet
Falta agora que também os avisos e editais judiciais, concursos públicos de obras e quejandos, passem também a serem publicados exclusivamente na net. O ambiente agradece, e o público também, pois fica mais fácil de consultar e acompanhar. Por último, o próprio Diário da República, deveria ser publicado exclusivamente na net, e gratuito.
Concursos públicos para a função pública obrigatórios via internet
Falta agora que também os avisos e editais judiciais, concursos públicos de obras e quejandos, passem também a serem publicados exclusivamente na net. O ambiente agradece, e o público também, pois fica mais fácil de consultar e acompanhar. Por último, o próprio Diário da República, deveria ser publicado exclusivamente na net, e gratuito.
CALMA
Se não é o FCP a dar uma alegriazita de vez em quando, não sei como seria....
Assina um não-portista.
Se não é o FCP a dar uma alegriazita de vez em quando, não sei como seria....
Assina um não-portista.
23.10.03
HORSE
Horse
c. 15,000-10,000 BC
Lascaux, France
Horse
c. 15,000-10,000 BC
Lascaux, France
22.10.03
ASSINATURAS
Li algures que a ND estava a iniciar a recolha de assinaturas (75.000 são as necessárias) para requerer um referendo sobre a "Constituição europeia". Nestas matérias não sou esquisito. Uma boa iniciativa é uma boa iniciativa. Onde é que eu posso assinar?
Li algures que a ND estava a iniciar a recolha de assinaturas (75.000 são as necessárias) para requerer um referendo sobre a "Constituição europeia". Nestas matérias não sou esquisito. Uma boa iniciativa é uma boa iniciativa. Onde é que eu posso assinar?
MATRIZ
O Público de hoje noticia que A. Guterres terá defendido que "o problema central desta reforma constitucional é não ir suficentemente longe no aprofundamento da lógica federal da construção europeia - a única maneira de reforçar a coesão numa Europa que passa a ser a Vinte e Cinco, mas também de preservar o equilíbrio de poder entre pequenos e grandes países. "Só há uma maneira de travar a tendência inevitável para um directório europeu - reforçar a matriz federal da União". disse".
São coisas como estas que me chateiam. Um político só diz coisas com as quais me indentifico DEPOIS de sair do poder. Nem antes nem durante, só depois. Mas porque é que tem de ser tantas vezes assim? Com excepção do A. Vara (esse nem depois, coitado), é uma constatação que tenho verificado ao longo do tempo. Geralmente, em muitos casos logo no dia seguinte a serem apeados, falam dos verdadeiros problemas dos seus ministérios e apontam soluções razoáveis que infelizmente nunca as levaram à prática; fazem análises políticas lúcidas, claras e intelegíveis, ao contrário do tempo em que falavam com frases feitas de politiquês; começam a expressar publicamente uns sinais de pensamento político estruturado e sobretudo, autónomo. A luta pelo poder e a sua manutenção é algo que regride a dignidade humana, é a minha conclusão.
Notas:
1. Porque é agora deram em escrever "Europa a Vinte e Cinco", com maiusculas?
2. A Guterres só faltou defender a existência do Senado. O tal orgão que poderia introduzir o tão falado equilibrio entre grandes e pequenos, sem que os grandes (demográficamente) perdessem a liderança executiva da União (mas já não a palavra final).
O Público de hoje noticia que A. Guterres terá defendido que "o problema central desta reforma constitucional é não ir suficentemente longe no aprofundamento da lógica federal da construção europeia - a única maneira de reforçar a coesão numa Europa que passa a ser a Vinte e Cinco, mas também de preservar o equilíbrio de poder entre pequenos e grandes países. "Só há uma maneira de travar a tendência inevitável para um directório europeu - reforçar a matriz federal da União". disse".
São coisas como estas que me chateiam. Um político só diz coisas com as quais me indentifico DEPOIS de sair do poder. Nem antes nem durante, só depois. Mas porque é que tem de ser tantas vezes assim? Com excepção do A. Vara (esse nem depois, coitado), é uma constatação que tenho verificado ao longo do tempo. Geralmente, em muitos casos logo no dia seguinte a serem apeados, falam dos verdadeiros problemas dos seus ministérios e apontam soluções razoáveis que infelizmente nunca as levaram à prática; fazem análises políticas lúcidas, claras e intelegíveis, ao contrário do tempo em que falavam com frases feitas de politiquês; começam a expressar publicamente uns sinais de pensamento político estruturado e sobretudo, autónomo. A luta pelo poder e a sua manutenção é algo que regride a dignidade humana, é a minha conclusão.
Notas:
1. Porque é agora deram em escrever "Europa a Vinte e Cinco", com maiusculas?
2. A Guterres só faltou defender a existência do Senado. O tal orgão que poderia introduzir o tão falado equilibrio entre grandes e pequenos, sem que os grandes (demográficamente) perdessem a liderança executiva da União (mas já não a palavra final).
SPANISH INQUISITITION
eu disse primeiro...
eu disse primeiro...
AINDA O PR
"Mas porque assim é, está fora de questão - e os Portugueses que me elegeram duas vezes bem o sabem - que o Presidente da República pudesse usar tal informação ou aproveitar tais relações para fins menos legítimos, designadamente - que fique bem claro- para obstruir ou influenciar a marcha da Justiça."
Os que o elegeram apenas uma vez ou mesmo aqueles que nunca o elegeram, também ficaram finalmente a saber isso. Pela voz do próprio. Mas dá-se aqui o devido destaque.
(eu tenho para mim que se ele escrevesse os textos em inglês notava logo estes pequenos defeitos de construção da mensagem e as coisas seriam muito mais cristalinas)
"Mas porque assim é, está fora de questão - e os Portugueses que me elegeram duas vezes bem o sabem - que o Presidente da República pudesse usar tal informação ou aproveitar tais relações para fins menos legítimos, designadamente - que fique bem claro- para obstruir ou influenciar a marcha da Justiça."
Os que o elegeram apenas uma vez ou mesmo aqueles que nunca o elegeram, também ficaram finalmente a saber isso. Pela voz do próprio. Mas dá-se aqui o devido destaque.
(eu tenho para mim que se ele escrevesse os textos em inglês notava logo estes pequenos defeitos de construção da mensagem e as coisas seriam muito mais cristalinas)
O PGR
está lixado. Ou ele arranja um culpadozito pela violação do segredo de justiça rapidamente (coisa que seria inédita nos últimos 30 anos) ou assistiremos ao triste espetáculo de, por um lado muita gente pedir a sua cabeça e por outro, gente aflítissima que ele se vá embora. Aflitos, porque bem sabem que seria o descrédito total do sistema juridico (o derrube de um PGR nestas circunstâncias) e inviezaria definitivamente a sua substituição, por esta implicar concessos políticos actualmente difíceis de alcançar e porque os mesmos seriam sempre, em ultima análise, mal vistos ou suspeitos aos olhos do público em geral.
está lixado. Ou ele arranja um culpadozito pela violação do segredo de justiça rapidamente (coisa que seria inédita nos últimos 30 anos) ou assistiremos ao triste espetáculo de, por um lado muita gente pedir a sua cabeça e por outro, gente aflítissima que ele se vá embora. Aflitos, porque bem sabem que seria o descrédito total do sistema juridico (o derrube de um PGR nestas circunstâncias) e inviezaria definitivamente a sua substituição, por esta implicar concessos políticos actualmente difíceis de alcançar e porque os mesmos seriam sempre, em ultima análise, mal vistos ou suspeitos aos olhos do público em geral.
COPY PAST
Veja-se a excelente história que o A razão das coisas tem, intitulada "Timor Copy/past" sobre o novo Código da Estrada da República de Timor Leste feito mediante um simples copy past.
Veja-se a excelente história que o A razão das coisas tem, intitulada "Timor Copy/past" sobre o novo Código da Estrada da República de Timor Leste feito mediante um simples copy past.
EMPRESÁRIOS?
Títula o JN: "Programa de animação pretende atrair "novos olhares" para revitalizar e animar a degradada Baixa [portuense]".
Oh pá, se ao menos as lojas estivessem abertas à hora do almoço, certamente alguma "revitalização" ocorreria. Quem percorrer a rua de Cedofeita (por ex.) verifica que entre as 12.30 e as 14.00, metade das lojas estão encerradas para o "merecido" almocinho. Esquecem-se os ditos "empresários" que os potenciais clientes tem exactamente o mesmo horário para fazer as compras. E assim, com as lojas encerradas, lá vão os clientes ao fim da tarde para os shopings. É bem feito.
Títula o JN: "Programa de animação pretende atrair "novos olhares" para revitalizar e animar a degradada Baixa [portuense]".
Oh pá, se ao menos as lojas estivessem abertas à hora do almoço, certamente alguma "revitalização" ocorreria. Quem percorrer a rua de Cedofeita (por ex.) verifica que entre as 12.30 e as 14.00, metade das lojas estão encerradas para o "merecido" almocinho. Esquecem-se os ditos "empresários" que os potenciais clientes tem exactamente o mesmo horário para fazer as compras. E assim, com as lojas encerradas, lá vão os clientes ao fim da tarde para os shopings. É bem feito.
21.10.03
ACREDITE SE QUISER
"A ex-presidente da Câmara de Sintra Edite Estrela afirmou hoje desconhecer que a Lei Eleitoral a impedia de promover a sua candidatura utilizando meios do município, na primeira sessão do julgamento em que é acusada deste crime". (Expresso online)
"A ex-presidente da Câmara de Sintra Edite Estrela afirmou hoje desconhecer que a Lei Eleitoral a impedia de promover a sua candidatura utilizando meios do município, na primeira sessão do julgamento em que é acusada deste crime". (Expresso online)
CADEADO
Hoje houve "tumulto" estudantil, com faculdades fechadas a cadeado. Gostava de saber se algum professor, se algum funcionário, que legitimamente pretendesse ir trabalhar chamou a polícia, e qual a reação desta. Ou se todos vergaram a espinha. A conivência de muitas das "autoridades" académicas já não me espanta neste alastrar de "é fartar vilanagem".
Hoje houve "tumulto" estudantil, com faculdades fechadas a cadeado. Gostava de saber se algum professor, se algum funcionário, que legitimamente pretendesse ir trabalhar chamou a polícia, e qual a reação desta. Ou se todos vergaram a espinha. A conivência de muitas das "autoridades" académicas já não me espanta neste alastrar de "é fartar vilanagem".
SEGREDOS
O PGR, cinco dias depois da prática de um crime público e notório (a violação do segredo de justiça) resolveu finalmente mandar instaurar um inquérito. Julgo não exagerar se disser que nunca nenhum caso de violação de segredo de justiça chegou aos tribunais...
No último comunicado não faz sequer referência esse aspecto, apenas afirma que "é um episódio lamentável que se repudia veementemente, quanto mais não seja porque abre caminho livre às mais delirantes especulações, sobre quem mais dividendos pode colher com a divulgação, bem como a imputações descaradas sobre a fonte que teria fornecido esses elementos à comunicação social". Sobre a instauração do respectivo inquérito, sobre a gravidade da violação do bom nome das pessoas, nada.
O PGR, cinco dias depois da prática de um crime público e notório (a violação do segredo de justiça) resolveu finalmente mandar instaurar um inquérito. Julgo não exagerar se disser que nunca nenhum caso de violação de segredo de justiça chegou aos tribunais...
No último comunicado não faz sequer referência esse aspecto, apenas afirma que "é um episódio lamentável que se repudia veementemente, quanto mais não seja porque abre caminho livre às mais delirantes especulações, sobre quem mais dividendos pode colher com a divulgação, bem como a imputações descaradas sobre a fonte que teria fornecido esses elementos à comunicação social". Sobre a instauração do respectivo inquérito, sobre a gravidade da violação do bom nome das pessoas, nada.
JORGE
Como não vejo telejornais, soube pelos blogs que o PR falou ao povo. Parece que foi o habitual wacun.
Muito clean. Tenho pena que ele não fale sempre em inglês.
Como não vejo telejornais, soube pelos blogs que o PR falou ao povo. Parece que foi o habitual wacun.
Muito clean. Tenho pena que ele não fale sempre em inglês.
BOA POSTA
"Civilização" no Comprometido Espectador.
"Civilização" no Comprometido Espectador.
Imprensa portuguesa está menos livre
O presidente do Sindicato dos Jornalistas diz que não é bem assim.
Em que é ficamos? Então a concentração dos media não é uma ameaça à liberdade de expressão?
O presidente do Sindicato dos Jornalistas diz que não é bem assim.
Em que é ficamos? Então a concentração dos media não é uma ameaça à liberdade de expressão?
UMAS NOTAS VERBAIS
Neste Portugal dos Pequeninos, em que tudo é transformado em Complot, tornamo-nos lentamente em Comprometidos Espectadores de tantos Almocreves das Petas.
Vítimas de uma Crise Abrupta e recorrendo à Tradução Simultânea espantamo-nos com o Rosto com que a Europa nos fita. O Estrago da Nação é evidente. Viva Espanha? Poucos são os que tentam Botar para Cima a nossa autoestima. Neste País Relativo à beira de uma Praia de Mar Salgado plantada, tanta Picuinhice Intermitente sabe-nos a Laranjas Amargas.
Até o prazer numas boas Fumaças nos tem sido negado. Já é difícil encontrar maços de tabaco Sem Caracteres.
O PR, qual Sombra, preteriu Aviz e reuniu-se em Arraiolos, Terra de antigos confrontos entre Resistentes islâmicos e mata-mouros, numa cimeira sem Substrato, tentando Religar alguns Intrusos, certamente ao som de um Adufe.
Num tempo de Homens a Dias, ninguém dá a atenção às velhas Vozes do Deserto do tempo do apóstolo Barnabé. Há quem recorra a Nietzsche e Schopenhauer para Religar tudo isto, porque fundamentalmente, somos Cidadãos do Mundo.
Um dia, o arqueólogo, latinista ilustre, encontrará Baguetes com Jaquinzinhos nas caves da loja do Queijo Limiano! Cruzes Canhoto!
Neste Portugal dos Pequeninos, em que tudo é transformado em Complot, tornamo-nos lentamente em Comprometidos Espectadores de tantos Almocreves das Petas.
Vítimas de uma Crise Abrupta e recorrendo à Tradução Simultânea espantamo-nos com o Rosto com que a Europa nos fita. O Estrago da Nação é evidente. Viva Espanha? Poucos são os que tentam Botar para Cima a nossa autoestima. Neste País Relativo à beira de uma Praia de Mar Salgado plantada, tanta Picuinhice Intermitente sabe-nos a Laranjas Amargas.
Até o prazer numas boas Fumaças nos tem sido negado. Já é difícil encontrar maços de tabaco Sem Caracteres.
O PR, qual Sombra, preteriu Aviz e reuniu-se em Arraiolos, Terra de antigos confrontos entre Resistentes islâmicos e mata-mouros, numa cimeira sem Substrato, tentando Religar alguns Intrusos, certamente ao som de um Adufe.
Num tempo de Homens a Dias, ninguém dá a atenção às velhas Vozes do Deserto do tempo do apóstolo Barnabé. Há quem recorra a Nietzsche e Schopenhauer para Religar tudo isto, porque fundamentalmente, somos Cidadãos do Mundo.
Um dia, o arqueólogo, latinista ilustre, encontrará Baguetes com Jaquinzinhos nas caves da loja do Queijo Limiano! Cruzes Canhoto!
MUPPET SHOW
Nestes dias plenos de negritude, o que salva a coisa ainda são os Marretas, em grande forma.
Marretadas neles, pá!
Nestes dias plenos de negritude, o que salva a coisa ainda são os Marretas, em grande forma.
Marretadas neles, pá!
20.10.03
PALHAÇOS
Hoje ao fim da tarde, 50 energúmenos, ditos estudantes da Universidade do Porto, fizeram uma demonstração da sua força reaccionária, fazendo uma passeata com uns cartazes pela Baixa do Porto, devidamente acompanhados pela polícia que ia cortando o trânsito das diversas ruas para que os moleques pudessem dar expansão às suas bravatas.
Em resultado, toda a cidade ficou um caos de trânsito, que demorou horas a normalizar.
Eu penso que a UP terá uns bons milhares de alunos. Não há quem ponha no lugar devido esta ultraminoria?
Hoje ao fim da tarde, 50 energúmenos, ditos estudantes da Universidade do Porto, fizeram uma demonstração da sua força reaccionária, fazendo uma passeata com uns cartazes pela Baixa do Porto, devidamente acompanhados pela polícia que ia cortando o trânsito das diversas ruas para que os moleques pudessem dar expansão às suas bravatas.
Em resultado, toda a cidade ficou um caos de trânsito, que demorou horas a normalizar.
Eu penso que a UP terá uns bons milhares de alunos. Não há quem ponha no lugar devido esta ultraminoria?
PASSARAM-SE PÁ
Há gente que perdeu a cabeça....
Há gente que perdeu a cabeça....
19.10.03
NÃO É BEM ASSIM....
A propósito da beatificação de Madre Teresa de Calcutá, muitos são os jornalistas que referem que o seu processo terá sido o mais rápido da história da Igreja. Não é bem assim. Convirá de futuro fazerem alguma pesquisa e não andarem sempre a repetir-se uns aos outros, sobretudo em erro.
Num livro bastante acessível aos jornalistas, o Guiness Book of Records consta lá o verdadeiro recordista da elevação aos altares: Santo António de Lisboa (ou de Pádua, como é conhecido no mundo inteiro), que certamente deveria ser melhor conhecido.Tendo falecido a 13 de Junho de 1231, o Papa Gregório XII inscreveu-o em Maio de 1232 no catálogo do santos. Onze meses apenas após a sua morte! Em 1946 foi Declarado Doutor da Igreja, sendo o único português com essa categoria num universo restrito de apenas 33 doutores.
A propósito da beatificação de Madre Teresa de Calcutá, muitos são os jornalistas que referem que o seu processo terá sido o mais rápido da história da Igreja. Não é bem assim. Convirá de futuro fazerem alguma pesquisa e não andarem sempre a repetir-se uns aos outros, sobretudo em erro.
Num livro bastante acessível aos jornalistas, o Guiness Book of Records consta lá o verdadeiro recordista da elevação aos altares: Santo António de Lisboa (ou de Pádua, como é conhecido no mundo inteiro), que certamente deveria ser melhor conhecido.Tendo falecido a 13 de Junho de 1231, o Papa Gregório XII inscreveu-o em Maio de 1232 no catálogo do santos. Onze meses apenas após a sua morte! Em 1946 foi Declarado Doutor da Igreja, sendo o único português com essa categoria num universo restrito de apenas 33 doutores.
PRECISA-SE (M/F)
85 indiferenciados para entrada imediata.
Dá-se preferência a quem tenha boa constituição fisica e seja dotado de espírito respeitador das hierarquias, quaisquer que elas sejam.
Exige-se rigoroso conhecimento do organigrama e respectivos staff de acessores da CMP.
Carta de condução preferencial.
Fornece-se farda, bastão e viatura de serviço.
Candidaturas na CMP ao cuidado de RR.
85 indiferenciados para entrada imediata.
Dá-se preferência a quem tenha boa constituição fisica e seja dotado de espírito respeitador das hierarquias, quaisquer que elas sejam.
Exige-se rigoroso conhecimento do organigrama e respectivos staff de acessores da CMP.
Carta de condução preferencial.
Fornece-se farda, bastão e viatura de serviço.
Candidaturas na CMP ao cuidado de RR.
ADRIP
Vem-se por este meio sugerir a criação urgente da ADRIP - Associação de Deputados com Relações Intímas com o Parlamento.
Tal associação tem como objectivo a interajuda entre os representes do povo a quem é demasiado custoso, afectiva, intelectual e fisicamente abandonar as funções de deputado.
Entre os associados não se fará qualquer descriminação entre os motivos alegados, pois que como bem se sabe, qualquer motivo para abandonar o parlamento é de rejeitar, sendo irrelevante a sua natureza.
Desde já se nomeia a seguinte comissão instaladora: Deputado Cruz Silva, Deputado Paulo Pedroso, Deputada Maria Elisa.
Vem-se por este meio sugerir a criação urgente da ADRIP - Associação de Deputados com Relações Intímas com o Parlamento.
Tal associação tem como objectivo a interajuda entre os representes do povo a quem é demasiado custoso, afectiva, intelectual e fisicamente abandonar as funções de deputado.
Entre os associados não se fará qualquer descriminação entre os motivos alegados, pois que como bem se sabe, qualquer motivo para abandonar o parlamento é de rejeitar, sendo irrelevante a sua natureza.
Desde já se nomeia a seguinte comissão instaladora: Deputado Cruz Silva, Deputado Paulo Pedroso, Deputada Maria Elisa.
PARA MEMÓRIA FUTURA
Já muitos blogs fizeram referência a estas inacreditáveis declarações, mas acho que deverão ser afixadas nas homepages dos blogs, e nos postos de fronteira, em outdors de Lisboa, em grafittis por esse país fora. Para que ninguém esqueça o quanto uma doença pode afectar a moral e o caracter individual:
"Maria Elisa irá ocupar o lugar de conselheira cultural de Portugal em Londres mas resiste a renunciar ao lugar de deputada. Em declarações ao Expresso, diz que ainda não decidiu como vai gerir a sua ligação ao Parlamento e admite que 'renunciar ao mandato será uma situação muito dolorosa e muito íntima'".
Já muitos blogs fizeram referência a estas inacreditáveis declarações, mas acho que deverão ser afixadas nas homepages dos blogs, e nos postos de fronteira, em outdors de Lisboa, em grafittis por esse país fora. Para que ninguém esqueça o quanto uma doença pode afectar a moral e o caracter individual:
"Maria Elisa irá ocupar o lugar de conselheira cultural de Portugal em Londres mas resiste a renunciar ao lugar de deputada. Em declarações ao Expresso, diz que ainda não decidiu como vai gerir a sua ligação ao Parlamento e admite que 'renunciar ao mandato será uma situação muito dolorosa e muito íntima'".
FUGAS
No CM, a propósito da violação do segredo de justiça::
"Referido nessa mesma conversa, José Miguel Júdice (bastonário da Ordem dos Advogados) considerou que a respectiva divulgação “mostra que o sistema de escutas estádescontrolado”.
Baptista Coelho, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), considera “lamentável que mais uma vez tenha sido violado o segredo de Justiça neste processo”, lembrando que isso tem surgido de vários lados.
Já Carneiro Rodrigues, representante dos investigadores criminais, defendeu que “alguém tem de ser responsabilizado”. Manifestando acreditar que “não saiu da Polícia Judiciária”, este responsável defendeu que “neste caso, os jornalistas deviam ser obrigados a denunciar a fonte” até para que “os cidadãos voltem a acreditar na Justiça”.
Por fim, Luís Felgueiras, presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público, recusou qualquer comentário."
Apesar de não ter sido ouvido o representante do funcionários judiciais, nem das empregadas de limpeza (classes pofissionais que como se sabe, também tem acesso aos documentos em segredos de justiça) penso que a transcrissão deste depoimentos é muito significativa sobre a origem das fugas de informação.... E torna-se mesmo desnecessário "obrigar os jornalistas a revelar a sua fonte". Ao contrário do senhor da PJ acho que a revelação das fontes não ajudaria muito a que os cidadãos voltassem a acreditar na justiça...
No CM, a propósito da violação do segredo de justiça::
"Referido nessa mesma conversa, José Miguel Júdice (bastonário da Ordem dos Advogados) considerou que a respectiva divulgação “mostra que o sistema de escutas estádescontrolado”.
Baptista Coelho, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), considera “lamentável que mais uma vez tenha sido violado o segredo de Justiça neste processo”, lembrando que isso tem surgido de vários lados.
Já Carneiro Rodrigues, representante dos investigadores criminais, defendeu que “alguém tem de ser responsabilizado”. Manifestando acreditar que “não saiu da Polícia Judiciária”, este responsável defendeu que “neste caso, os jornalistas deviam ser obrigados a denunciar a fonte” até para que “os cidadãos voltem a acreditar na Justiça”.
Por fim, Luís Felgueiras, presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público, recusou qualquer comentário."
Apesar de não ter sido ouvido o representante do funcionários judiciais, nem das empregadas de limpeza (classes pofissionais que como se sabe, também tem acesso aos documentos em segredos de justiça) penso que a transcrissão deste depoimentos é muito significativa sobre a origem das fugas de informação.... E torna-se mesmo desnecessário "obrigar os jornalistas a revelar a sua fonte". Ao contrário do senhor da PJ acho que a revelação das fontes não ajudaria muito a que os cidadãos voltassem a acreditar na justiça...
17.10.03
CAPONNI
Bronzino, Agnolo
Lodovico Capponi
c. 1550-55
Oil on panel
45 7/8 x 33 3/4 in. (116.5 x 85.7 cm)
Frick Collection, New York
P.S. certos detalhes são um pouco estranhos...
Bronzino, Agnolo
Lodovico Capponi
c. 1550-55
Oil on panel
45 7/8 x 33 3/4 in. (116.5 x 85.7 cm)
Frick Collection, New York
P.S. certos detalhes são um pouco estranhos...
CARREIRAS? FINS? OU NÃO?
O Grão-Mestre Manuel, na posta "Política à Portuguesa" defende que a carreira política de Paulo Pedroso terminou hoje. E apresenta os argumentos. Todos são verdadeiros, incisivos e sem contestação. Apenas discordo quanto às consequências, o referido "fim político". É que, como já ontem postei aqui, estamos sim perante um relançamento, de uma nova vida política de Paulo Pedroso. Nisso ele é muito claro. Leia-se com atenção a entrevista ao Público.
Seria o fim da carreira de qualquer político se não vivessemos em Portugal.
Eu queria concordar consigo, mas acho, para mal de todos nós, que estamos a assistir ao início de algo novo: o relativismo total aproxima-se do poder político.
O Grão-Mestre Manuel, na posta "Política à Portuguesa" defende que a carreira política de Paulo Pedroso terminou hoje. E apresenta os argumentos. Todos são verdadeiros, incisivos e sem contestação. Apenas discordo quanto às consequências, o referido "fim político". É que, como já ontem postei aqui, estamos sim perante um relançamento, de uma nova vida política de Paulo Pedroso. Nisso ele é muito claro. Leia-se com atenção a entrevista ao Público.
Seria o fim da carreira de qualquer político se não vivessemos em Portugal.
Eu queria concordar consigo, mas acho, para mal de todos nós, que estamos a assistir ao início de algo novo: o relativismo total aproxima-se do poder político.
UM SLOGAN INFELIZ
"Não há suspeitos de pedofilia na Nova Democracia». Quem o diz é Manuel Monteiro.
Partidos autoproclamados da pureza mora e etica já tivemos um, o PRD, e viu-se no que deu.
"Não há suspeitos de pedofilia na Nova Democracia». Quem o diz é Manuel Monteiro.
Partidos autoproclamados da pureza mora e etica já tivemos um, o PRD, e viu-se no que deu.
NÃO É BEM ASSIM...
Diz Cláudia Barradas no Público de hoje:
"(...) Em 1931, quando Mao Tse Tung foi eleito Presidente da nova República Popular da China, iniciou a reforma agrária que causou uma guerra interna. (...)"
A República Popular da China foi proclamada a 1 de outubro de 1949. A Reforma Agrária apenas começou depois. Mao foi Presidente do Conselho Executivo e não Presidente da República, título que só ostentou a partir de 1954, com a entrada em vigor de uma nova Constituição. Em 1958, em resultado de lutas internas, teve abandonar esse cargo, mantendo-se secretário-geral do PC chinês.
A guerra a que a jornalista alude são 3: entre as forças comunistas e o Kuomitang nacionalista (1934-1937); a guerra conjunta contra a ocupação japonesa (1937-1945), e a guerra civil contra o Kuomitang, que Mao acabou por vencer (1945-1949).
No Livro de Estilo do Público, (que se recomenda vivamente) a grafia adoptada para Mao Tse Tung é Mao ZeDong, de acordo com a grafia oficial chinesa.
Diz Cláudia Barradas no Público de hoje:
"(...) Em 1931, quando Mao Tse Tung foi eleito Presidente da nova República Popular da China, iniciou a reforma agrária que causou uma guerra interna. (...)"
A República Popular da China foi proclamada a 1 de outubro de 1949. A Reforma Agrária apenas começou depois. Mao foi Presidente do Conselho Executivo e não Presidente da República, título que só ostentou a partir de 1954, com a entrada em vigor de uma nova Constituição. Em 1958, em resultado de lutas internas, teve abandonar esse cargo, mantendo-se secretário-geral do PC chinês.
A guerra a que a jornalista alude são 3: entre as forças comunistas e o Kuomitang nacionalista (1934-1937); a guerra conjunta contra a ocupação japonesa (1937-1945), e a guerra civil contra o Kuomitang, que Mao acabou por vencer (1945-1949).
No Livro de Estilo do Público, (que se recomenda vivamente) a grafia adoptada para Mao Tse Tung é Mao ZeDong, de acordo com a grafia oficial chinesa.
16.10.03
NÃO É FÁCIL...
AZERBEIJÃO
Azeri riot police beat a protestor during clashes with opposition supporters in central Baku on Oct. 16. Riot police using tear gas and dogs clashed with thousands of opposition supporters after the son of ailing leader Haydar Aliyev was declared winner of a presidential election described by international observers as flawed. (msnbc.com)
Azeri riot police beat a protestor during clashes with opposition supporters in central Baku on Oct. 16. Riot police using tear gas and dogs clashed with thousands of opposition supporters after the son of ailing leader Haydar Aliyev was declared winner of a presidential election described by international observers as flawed. (msnbc.com)
The Brides Secret Diary
Paula Rego,
The Brides Secret Diary
Rugby Art Gallery
Elborow Street, Rugby, UK
Paula Rego,
The Brides Secret Diary
Rugby Art Gallery
Elborow Street, Rugby, UK
ABUSO DE PODER
Os senhores deputados dispoem de 10 minutos por legislatura para falarem do que entenderem. Dentro do que se entende chamar genericamente de política, do que diz respeito à comunidade, sociedade, bem geral. Não julgo que tal direito possa ser exercido a falar sobre o magnifico jogo de uma qualquer equipe de futebol ou a desejar os parabéns à sua avó que faz 90 aninhos. Eles são eleitos por e para representarem o povo, e portanto, o direito que lhes é confiado deverá estar relacionado com assuntos que digam respeito ao povo eleitor.
O deputado Paulo Pedroso deu nos últimos dias dezenas de entrevistas, apareceu em todos os canais de informação possíveis e imaginários. Deu as explicações que quis e que conseguiu dar sobre o seu regresso ao Parlamento. Cumulativamente, em todas elas anunciou que vai usar os seus 10 minutos por legislatura para explicar aos seus colegas deputados porque voltou a assumir o seu lugar de deputado.
Trata-se de uma declaração exclusivamente pessoal. A explicar uma situação que só a ele diz respeito. Que nada tem a haver com os seus eleitores, ou com os interesses gerais da sociedade, nada de nada.
Estamos perante uma situação de utilização da tribuna parlamentar para uso estritamente pessoal, utilizando uma perrogativa que lhe foi atribuída em nome de todos.
Acho que em direito se chama a isto abuso de poder.
Os senhores deputados dispoem de 10 minutos por legislatura para falarem do que entenderem. Dentro do que se entende chamar genericamente de política, do que diz respeito à comunidade, sociedade, bem geral. Não julgo que tal direito possa ser exercido a falar sobre o magnifico jogo de uma qualquer equipe de futebol ou a desejar os parabéns à sua avó que faz 90 aninhos. Eles são eleitos por e para representarem o povo, e portanto, o direito que lhes é confiado deverá estar relacionado com assuntos que digam respeito ao povo eleitor.
O deputado Paulo Pedroso deu nos últimos dias dezenas de entrevistas, apareceu em todos os canais de informação possíveis e imaginários. Deu as explicações que quis e que conseguiu dar sobre o seu regresso ao Parlamento. Cumulativamente, em todas elas anunciou que vai usar os seus 10 minutos por legislatura para explicar aos seus colegas deputados porque voltou a assumir o seu lugar de deputado.
Trata-se de uma declaração exclusivamente pessoal. A explicar uma situação que só a ele diz respeito. Que nada tem a haver com os seus eleitores, ou com os interesses gerais da sociedade, nada de nada.
Estamos perante uma situação de utilização da tribuna parlamentar para uso estritamente pessoal, utilizando uma perrogativa que lhe foi atribuída em nome de todos.
Acho que em direito se chama a isto abuso de poder.
RETORNO
O Guerra e Pas voltou.
O Guerra e Pas voltou.
COSTA?
Quando é que António Costa vai dar um murro na mesa, partir a louça toda? Ele deve estar mais que farto dos seus colegas snippers.
Quando é que António Costa vai dar um murro na mesa, partir a louça toda? Ele deve estar mais que farto dos seus colegas snippers.
AS ENTREVISTAS
Abissal as diferenças entre algumas das milhentas entrevistas de Paulo Pedroso. Na "Visão" o estilo escolhido pelo jornalista vai do intimismo cor-de-rosa à pergunta-deixa. O resultado é uma imagem simpática, serena.
No "Público", Adelino Gomes não se deixa enredar na reconstrução de imagem e vemos o entrevistado enredado em contradições, anunciando a abertura de uma guerra politica/justiça, e dando os passos fundadores de luta pelo poder no PS. Notável é o termo, como diz o Terras do Nunca.
Abissal as diferenças entre algumas das milhentas entrevistas de Paulo Pedroso. Na "Visão" o estilo escolhido pelo jornalista vai do intimismo cor-de-rosa à pergunta-deixa. O resultado é uma imagem simpática, serena.
No "Público", Adelino Gomes não se deixa enredar na reconstrução de imagem e vemos o entrevistado enredado em contradições, anunciando a abertura de uma guerra politica/justiça, e dando os passos fundadores de luta pelo poder no PS. Notável é o termo, como diz o Terras do Nunca.
DIA GRANDE COMO A MURALHA
DIVINA 5
YANG LIWEI
Não é nada pequeno o feito hoje alcançado pela China: levar um homem ao espaço.
O facto de quebrar 40 anos de duopólio USA/Rússia também é de assinalar.
Gostava que o próximo país a alcançar tal objectivo fosse o Brasil.
DIVINA 5
YANG LIWEI
Não é nada pequeno o feito hoje alcançado pela China: levar um homem ao espaço.
O facto de quebrar 40 anos de duopólio USA/Rússia também é de assinalar.
Gostava que o próximo país a alcançar tal objectivo fosse o Brasil.
EUROPA
"A existir um referendo, que seja de acordo com as normas constitucionais, ou seja, depois das eleições europeias, em finais de 2004" disse Ferro Rodrigues. Mas alguém me consegue explicar porque é que não pode existir um referendo já em Dezembro, em Janeiro, em Fevereiro, em Março, sei lá?
O que é que a Constituição tem a haver com o caso?
Ok, não o permite no mesmo dia das eleições europeias. Mas, a não ser, porque é que apena spoderá ocorrer "lá para o fim de 2004" quando tudo já estiver consumado? Mais valia dizerem que não querem o referendo.
No encontro entre Ferro e Durão, também foi veriricada a "convergência bastante significativa" entre PSD e PS em matéria europeia, nomeadamente a necessidade de "combater" a redução do número de comissários e lutar pela igualdade entre os Estados no seio da União Europeia.
Ponto 1: se querem lutar pela igualdade dos Estados a 25 proponham, peçam, lutem, esfalfem-se pela introdução do Senado.
Ponto 2: a redução ou aumento de comissários deveria ser irrelevante. Eles nunca deveriam estar a representar Estados, mas serem representantes dos eleitores, da maioria representada no PE.
"A existir um referendo, que seja de acordo com as normas constitucionais, ou seja, depois das eleições europeias, em finais de 2004" disse Ferro Rodrigues. Mas alguém me consegue explicar porque é que não pode existir um referendo já em Dezembro, em Janeiro, em Fevereiro, em Março, sei lá?
O que é que a Constituição tem a haver com o caso?
Ok, não o permite no mesmo dia das eleições europeias. Mas, a não ser, porque é que apena spoderá ocorrer "lá para o fim de 2004" quando tudo já estiver consumado? Mais valia dizerem que não querem o referendo.
No encontro entre Ferro e Durão, também foi veriricada a "convergência bastante significativa" entre PSD e PS em matéria europeia, nomeadamente a necessidade de "combater" a redução do número de comissários e lutar pela igualdade entre os Estados no seio da União Europeia.
Ponto 1: se querem lutar pela igualdade dos Estados a 25 proponham, peçam, lutem, esfalfem-se pela introdução do Senado.
Ponto 2: a redução ou aumento de comissários deveria ser irrelevante. Eles nunca deveriam estar a representar Estados, mas serem representantes dos eleitores, da maioria representada no PE.
15.10.03
RETRATOS
Vou guardar a entrevista dada por Paulo Pedroso a Adelino Gomes e hoje publicada.
Tem lá todos os ingredientes necessários para se compreender uma parte importante do país nos próximos tempos: a estratégia e os porquês da guerra política com a justiça; os factos originários da guerra fraticida que se trava e se acelerará dentro do PS; a caracterização tipologica (e na primeira pessoa) da ausência de estrutura cívica, política e de carácter dos agentes políticos emergentes.
Vou guardar a entrevista dada por Paulo Pedroso a Adelino Gomes e hoje publicada.
Tem lá todos os ingredientes necessários para se compreender uma parte importante do país nos próximos tempos: a estratégia e os porquês da guerra política com a justiça; os factos originários da guerra fraticida que se trava e se acelerará dentro do PS; a caracterização tipologica (e na primeira pessoa) da ausência de estrutura cívica, política e de carácter dos agentes políticos emergentes.
FEDERALISMO
Boa posta de Paulo Rangel:
"(...)Os constrangimentos da propaganda e da estridência do discurso político levaram os eurocépticos a "demonizar" e distorcer a posição federalista. O federalismo, alicerçado numa divisão clara de esferas de competência da União e dos Estados e, bem assim, na igualdade dos Estados-membros, apontava para um equilíbrio institucional óptimo (pelo menos do ponto de vista dos Estados mais fracos). Ao se procurar dar ao epíteto de federalista o sentido de "traidor à pátria" pós-moderno, limitou-se a margem de manobra dos dirigentes nacionais e engendrou-se o caldo de condições para o desenho de uma solução directorial, com dois (ou mais) poletões de Estados. Agora brama-se e clama-se pela defesa intransigente da igualdade dos Estados, mas poucos fazem notar que, num xadrez supranacional, só um genuíno programa federal era capaz de a preservar."
(Público)
Boa posta de Paulo Rangel:
"(...)Os constrangimentos da propaganda e da estridência do discurso político levaram os eurocépticos a "demonizar" e distorcer a posição federalista. O federalismo, alicerçado numa divisão clara de esferas de competência da União e dos Estados e, bem assim, na igualdade dos Estados-membros, apontava para um equilíbrio institucional óptimo (pelo menos do ponto de vista dos Estados mais fracos). Ao se procurar dar ao epíteto de federalista o sentido de "traidor à pátria" pós-moderno, limitou-se a margem de manobra dos dirigentes nacionais e engendrou-se o caldo de condições para o desenho de uma solução directorial, com dois (ou mais) poletões de Estados. Agora brama-se e clama-se pela defesa intransigente da igualdade dos Estados, mas poucos fazem notar que, num xadrez supranacional, só um genuíno programa federal era capaz de a preservar."
(Público)
MUTISMO
"Deputado Cruz Silva entrou mudo e saiu calado no DIAP de Coimbra" diz o Público. Não vejo que seja noticia, ele apenas fez o que costuma fazer no Parlamento todos os dias. Ao menos é coerente.
"Deputado Cruz Silva entrou mudo e saiu calado no DIAP de Coimbra" diz o Público. Não vejo que seja noticia, ele apenas fez o que costuma fazer no Parlamento todos os dias. Ao menos é coerente.
"VÍNCULO SÓLIDO DE COESÃO NACIONAL"
Assim defende o ministro da defesa a célebre convocatória para o Dia da Defesa Nacional, acrescentado que é "um dever da sociedade relativamente à instituição militar".
Como é? Quem é que tem deveres? Os que servem a sociedade, ou que se servem da sociedade?
"Deixem os jovens decidir por eles", afirmou ainda PP. Ok, mas então porquê a convocação tem um carácter obrigatório?
Assim defende o ministro da defesa a célebre convocatória para o Dia da Defesa Nacional, acrescentado que é "um dever da sociedade relativamente à instituição militar".
Como é? Quem é que tem deveres? Os que servem a sociedade, ou que se servem da sociedade?
"Deixem os jovens decidir por eles", afirmou ainda PP. Ok, mas então porquê a convocação tem um carácter obrigatório?
SULISTAS
Titulo de noticia sobre a Bolívia: "EL GAS NO SE VENDE CARAJO".
Mas... a Bolívia não fica no hemisfério sul?
Titulo de noticia sobre a Bolívia: "EL GAS NO SE VENDE CARAJO".
Mas... a Bolívia não fica no hemisfério sul?
A SAQUE
E não é que roubaram os computadores onde estava a listagem e os dados referentes aos maiores devedores fiscais? Só os que tinham dívidas superiores a 500 mil euros. Não havia segurança no prédio. Não havia cópia de segurança. Os meliantes só roubaram 4 computadores. Os necessários ao fim em vista. A recuperação dos dados é possível, mas demorará algum tempo, correndo-se o risco de alguns processos entretanto prescreverem. O assalto, segundo o Ministério das Finanças, foi comunicado à PSP e à Polícia Judiciária.
Ah bom, então estou mais sossegado.
E não é que roubaram os computadores onde estava a listagem e os dados referentes aos maiores devedores fiscais? Só os que tinham dívidas superiores a 500 mil euros. Não havia segurança no prédio. Não havia cópia de segurança. Os meliantes só roubaram 4 computadores. Os necessários ao fim em vista. A recuperação dos dados é possível, mas demorará algum tempo, correndo-se o risco de alguns processos entretanto prescreverem. O assalto, segundo o Ministério das Finanças, foi comunicado à PSP e à Polícia Judiciária.
Ah bom, então estou mais sossegado.
CABRÕES
"O museu [do Côa] será construído numa zona situada junto à foz do rio Côa, nas proximidades do vale de Cabrões."
(Público, Cultura)
"O museu [do Côa] será construído numa zona situada junto à foz do rio Côa, nas proximidades do vale de Cabrões."
(Público, Cultura)
CHIRAC NO SEU MELHOR
Chirac quer convenção mundial para a diversidade cultura (...)Novo prolongamento da Declaração Universal dos Direitos do Homem, esta convenção reconhecerá a cada Estado o direito de adoptar ou de manter as políticas públicas necessárias à preservação e ao desenvolvimento do seu património natural, cultural e linguístico."
Extraordinário: a excepção cultural francesa consagrada a nível mundial. Ele, que pelos visto até acha que Direitos do Homem e Direitos do Estado são a mesma coisa.
Chirac quer convenção mundial para a diversidade cultura (...)Novo prolongamento da Declaração Universal dos Direitos do Homem, esta convenção reconhecerá a cada Estado o direito de adoptar ou de manter as políticas públicas necessárias à preservação e ao desenvolvimento do seu património natural, cultural e linguístico."
Extraordinário: a excepção cultural francesa consagrada a nível mundial. Ele, que pelos visto até acha que Direitos do Homem e Direitos do Estado são a mesma coisa.
TÁ MAL
"Expresso" compra acções para "infiltrar" jornalista".
De facto, é o vale tudo.
"Expresso" compra acções para "infiltrar" jornalista".
De facto, é o vale tudo.
O QUE LHE DIGA RESPEITO?
Via Bloguitica Nacional, cheguei a uma noticia da Lusa, donde extraio: "O Governo anunciou quarta-feira que vai repor a publicidade ao Euro'2004 na revista Time depois desta ter assumido que errou ao colocar um anúncio ao campeonato na mesma edição em que fez capa sobre a prostituição em Bragança.
Um responsável da revista norte-americana explicou ao Governo que existe um mecanismo na produção que "avisa os anunciantes quando trata de algo que lhes diga respeito", o que "desta vez não funcionou", disse à Lusa fonte do gabinete do ministro adjunto do primeiro-ministro, José Luís Arnaut."
Via Bloguitica Nacional, cheguei a uma noticia da Lusa, donde extraio: "O Governo anunciou quarta-feira que vai repor a publicidade ao Euro'2004 na revista Time depois desta ter assumido que errou ao colocar um anúncio ao campeonato na mesma edição em que fez capa sobre a prostituição em Bragança.
Um responsável da revista norte-americana explicou ao Governo que existe um mecanismo na produção que "avisa os anunciantes quando trata de algo que lhes diga respeito", o que "desta vez não funcionou", disse à Lusa fonte do gabinete do ministro adjunto do primeiro-ministro, José Luís Arnaut."
The Origin of the Milky Way
Tintoretto
The Origin of the Milky Way
c. 1570
Oil on canvas
149.4 x 168 cm
National Gallery, London
Tintoretto
The Origin of the Milky Way
c. 1570
Oil on canvas
149.4 x 168 cm
National Gallery, London
"ESTADO DA NAÇÃO"
Quinta-feira - torna-se publico que a filha de um ministro conseguiu entrar na universidade mediante um despacho de favor de outro ministro;
Sexta-feira - Ministro do ensino superior demite-se;
Domingo - sabe-se o nome da nova ministra;
Segunda (8.00) - novo ministra nega ter sido convidada;
Segunda (16.00) - nova ministra toma posse;
Terça-feira - ministro dos negócios estrangeiros demite-se;
Quarta-feira - Paulo Pedroso sai da cadeia em direcção ao Parlamento;
Quarta-feira - as televisões transmitem em directo a chegada de PP ao Parlamento;
Quarta-feira -Portugal consegue vencer a Albânia por 5-3;
Terça-feira - Público notícia que "Grupos de média confiantes na recuperação";
Terça-feira - Revista Time, publica reportagem de 8 páginas sobre prostituição em Bragança;
Terça-feira - Governo suspende publicidade ao Euro'2004 na revista Time;
(à suivre)
Quinta-feira - torna-se publico que a filha de um ministro conseguiu entrar na universidade mediante um despacho de favor de outro ministro;
Sexta-feira - Ministro do ensino superior demite-se;
Domingo - sabe-se o nome da nova ministra;
Segunda (8.00) - novo ministra nega ter sido convidada;
Segunda (16.00) - nova ministra toma posse;
Terça-feira - ministro dos negócios estrangeiros demite-se;
Quarta-feira - Paulo Pedroso sai da cadeia em direcção ao Parlamento;
Quarta-feira - as televisões transmitem em directo a chegada de PP ao Parlamento;
Quarta-feira -Portugal consegue vencer a Albânia por 5-3;
Terça-feira - Público notícia que "Grupos de média confiantes na recuperação";
Terça-feira - Revista Time, publica reportagem de 8 páginas sobre prostituição em Bragança;
Terça-feira - Governo suspende publicidade ao Euro'2004 na revista Time;
(à suivre)
14.10.03
NÃO HÁ PÁGINAS GRÁTIS
Há coisa de dias li que o Euro'2004 terá um impacto positivo de 0,5% no PIB. Também li que o Turismo tem um peso de 13 vírgula qualquer coisa sobre as receitas nacionais ou algo assim.
Pergunto: as oito páginas na Time hoje publicadas (que o Euro'2004 nunca terá!), terão um impacto positivo ou negativo na economia nacional? Em que percentagem?
Quanto ao custo do "investimento" em tal empreendimento, sabemos desde já que será perto do zero, pois 300 raparigas em Bragança, além de não ser uma grande despesa em termos de investimento, é algo que se paga a si mesmo. Receio é que os preços dos "serviços" sejam muito baixos, pois concorrência deve ser feroz. Mas a Time deverá ter dado uma ajuda preciosa ao negócio. Sugiro até que o Aeroporto Internacional de Beja, seja cancelado e transferido para o planalto transmontano. E a estrada que atravessa o Parque Natural de Montesinho em direcção a Puebla de Sanábria será uma realidade mais cedo do que se esperava. Bem como a malfadada ligação de Quintanilha.
Fico no entanto triste com a falta de planeamento destas coisas. Por forma a potenciar aquele "cluster" regional, não teria sido bom construir um estádio de futebol, sei lá, em vez daquele onde a relva nunca é pisada, no Algarve?
Update: Ver noticia do Público!
"In Portugal, the extra-Time is always the best part of the game!"
Ora nem mais.
Há coisa de dias li que o Euro'2004 terá um impacto positivo de 0,5% no PIB. Também li que o Turismo tem um peso de 13 vírgula qualquer coisa sobre as receitas nacionais ou algo assim.
Pergunto: as oito páginas na Time hoje publicadas (que o Euro'2004 nunca terá!), terão um impacto positivo ou negativo na economia nacional? Em que percentagem?
Quanto ao custo do "investimento" em tal empreendimento, sabemos desde já que será perto do zero, pois 300 raparigas em Bragança, além de não ser uma grande despesa em termos de investimento, é algo que se paga a si mesmo. Receio é que os preços dos "serviços" sejam muito baixos, pois concorrência deve ser feroz. Mas a Time deverá ter dado uma ajuda preciosa ao negócio. Sugiro até que o Aeroporto Internacional de Beja, seja cancelado e transferido para o planalto transmontano. E a estrada que atravessa o Parque Natural de Montesinho em direcção a Puebla de Sanábria será uma realidade mais cedo do que se esperava. Bem como a malfadada ligação de Quintanilha.
Fico no entanto triste com a falta de planeamento destas coisas. Por forma a potenciar aquele "cluster" regional, não teria sido bom construir um estádio de futebol, sei lá, em vez daquele onde a relva nunca é pisada, no Algarve?
Update: Ver noticia do Público!
"In Portugal, the extra-Time is always the best part of the game!"
Ora nem mais.
POIS É...
E agora Ana Gomes?
E agora Ana Gomes?
13.10.03
O PESADELO
Fussli, Johann Heinrich (Henry Fuseli)
The Nightmare
1781
Oil on canvas
127 x 102 cm
Detroit Institute of the Arts
Fussli, Johann Heinrich (Henry Fuseli)
The Nightmare
1781
Oil on canvas
127 x 102 cm
Detroit Institute of the Arts
OPOSIÇÕES
É de mim ou o PS está em plena "guerra civil"?
É de mim ou o PS está em plena "guerra civil"?
ESTÍMULOS
Resolvi mudar a lógica da lista de links aqui à direita: passo a partilhar a lista de blogs que são estimulantes, pelas mais diversas razões.
A anterior lista era muito pessoal. E sendo um blog por essência público, era estranho ter aqui uma short list e no pc um long list. Assim fica melhor.
Não se espera que a mesma venha a ser ordenada alfabeticamente. Já basta o que dá trabalho. Além disso, fiz o teste do Political Compass e claro, confirmei o meu deep anarquismo social e o meu centrismo económico.
Resolvi mudar a lógica da lista de links aqui à direita: passo a partilhar a lista de blogs que são estimulantes, pelas mais diversas razões.
A anterior lista era muito pessoal. E sendo um blog por essência público, era estranho ter aqui uma short list e no pc um long list. Assim fica melhor.
Não se espera que a mesma venha a ser ordenada alfabeticamente. Já basta o que dá trabalho. Além disso, fiz o teste do Political Compass e claro, confirmei o meu deep anarquismo social e o meu centrismo económico.
BEM VISTO
No Liberdade de Expressão: "12. A luta de classes continua. De um lado os que se identificam com Miguel Judíce lêem o Público, vêem a Sic Notícia do outro, os que se identificam com Pedro Namora, lêem o Correio da Manhã e vêem a TVI."
No Liberdade de Expressão: "12. A luta de classes continua. De um lado os que se identificam com Miguel Judíce lêem o Público, vêem a Sic Notícia do outro, os que se identificam com Pedro Namora, lêem o Correio da Manhã e vêem a TVI."
12.10.03
MEMÓRIA
Será lançada uma edição especial de selos em memoria de Anna Lindh, no próximo dia 11 de Novembro quando se assinalarem dois meses sobre o seu assassinato.
Entre nós, que eu sabia, nunca se fez qualquer evocação semelhante de Sá Carneiro ou qualquer outra figura política/histórica falecida (ex: Costa Gomes, Spínola, Amaro da Costa, Melo Antunes, Salgueiro Maia). Somos um povo que não cultiva a sua própria memória. Parece existir medo da história. Como se de cada vez que se evoca o passado tívéssemos de tomar uma posição incómoda no presente. É mesmo uma questão de cultura.
CITAÇÃO DO DIA
"Todos eles [António Oliveira, Artur Jorge, Humberto Coelho, Agostinho Oliveira e Felipe Scolari] têm três pontos em comum: foram escolhidos por Gilberto Madaíl, presidente da FPF, nenhum ganhou qualquer título e todos usavam bigode."
Jorge Duarte Estevão, Público
"Todos eles [António Oliveira, Artur Jorge, Humberto Coelho, Agostinho Oliveira e Felipe Scolari] têm três pontos em comum: foram escolhidos por Gilberto Madaíl, presidente da FPF, nenhum ganhou qualquer título e todos usavam bigode."
Jorge Duarte Estevão, Público
11.10.03
O SACRIFÍCIO DE ISAAC
Caravaggio, Michelangelo Merisi da
The Sacrifice of Isaac
1603
Oil on canvas
41 x 53 1/8 in (104 x 135 cm)
Galleria degli Uffizi, Florence
Caravaggio, Michelangelo Merisi da
The Sacrifice of Isaac
1603
Oil on canvas
41 x 53 1/8 in (104 x 135 cm)
Galleria degli Uffizi, Florence
POSTA DO DIA
"Qual o primeiro nome de George W. Bush?", no Cidadão do Mundo.
"Qual o primeiro nome de George W. Bush?", no Cidadão do Mundo.
DIA DA DEFESA NACIONAL
Notícia hoje o "Público" que a Ministério da Defesa tem convocado jovens a comparecerem nas suas unidades para visionarem um filme, participarem em debates, visita às instalações militares, observação dos meios da Marinha, Exército e Força Aérea, uma palestra e um inquérito. Tudo isto num só dia. É dose. Ah, e além disso o "jovem" é informado que a sua presença é obrigatória, sob pena de sanções.
Obrigatória o tanas. A Lei do Serviço Militar é o último resquício das desigualdade legal entre homens e mulheres, neste caso, em detrimento do homem. Este é obrigado ao SMO. A mulher pode prestar SMO.
Conselho a quem for chamado: deitem a carta fora. Ignorem uma disposição totalmente ilegal, inútil e injusta. E invoquem sempre a Constituição que garante a igualdade de direitos entre sexos. Deixem que quem quiser brincar aos soldadinhos e aprender a matar o faça voluntariamente, se é essa a sua "vocação".
Notícia hoje o "Público" que a Ministério da Defesa tem convocado jovens a comparecerem nas suas unidades para visionarem um filme, participarem em debates, visita às instalações militares, observação dos meios da Marinha, Exército e Força Aérea, uma palestra e um inquérito. Tudo isto num só dia. É dose. Ah, e além disso o "jovem" é informado que a sua presença é obrigatória, sob pena de sanções.
Obrigatória o tanas. A Lei do Serviço Militar é o último resquício das desigualdade legal entre homens e mulheres, neste caso, em detrimento do homem. Este é obrigado ao SMO. A mulher pode prestar SMO.
Conselho a quem for chamado: deitem a carta fora. Ignorem uma disposição totalmente ilegal, inútil e injusta. E invoquem sempre a Constituição que garante a igualdade de direitos entre sexos. Deixem que quem quiser brincar aos soldadinhos e aprender a matar o faça voluntariamente, se é essa a sua "vocação".
SHIRIN EBADI
Os países de maioria muçulmana não ficaram entusiasmados com a atribuição do Prémio Nobel a uma mulher muçulmana. Será por ser mulher? Será por ser defensora dos Direitos Humanos? Será por ser atribuído por um país ocidental? Tenho a certeza que se o vencedor fosse Jacques Chirac (safa!) até viriam para a rua comemorar.
Os países de maioria muçulmana não ficaram entusiasmados com a atribuição do Prémio Nobel a uma mulher muçulmana. Será por ser mulher? Será por ser defensora dos Direitos Humanos? Será por ser atribuído por um país ocidental? Tenho a certeza que se o vencedor fosse Jacques Chirac (safa!) até viriam para a rua comemorar.
PGR
Se Souto Moura se demitir nos próximos tempos, teremos duas hipóteses: ou durante meses o PSD e o PS não se entendem sobre quem será o próximo PGR ou se houver "consenso" fácil, o novo PGR será sempre visto como mais "amistoso" para o partido da oposição, tendo a sua autoridade minada logo de início.
Se Souto Moura se demitir nos próximos tempos, teremos duas hipóteses: ou durante meses o PSD e o PS não se entendem sobre quem será o próximo PGR ou se houver "consenso" fácil, o novo PGR será sempre visto como mais "amistoso" para o partido da oposição, tendo a sua autoridade minada logo de início.
SALÁRIO
Ontem andavam os comentadores políticos a discutir da oportunidade ou não do regresso de Paulo Pedroso ao parlamento, eventuais consequências políticas para o partido, para o próprio, cenários do seu regresso, cenários da sua ausência, se devia ou não regressar, etc.
Julgo que a razão do seu regresso ao parlamento é bastante mais prosaica: há contas para pagar e como Paulo Pedroso até hoje só fez política, não terá grandes alternativas.
Ontem andavam os comentadores políticos a discutir da oportunidade ou não do regresso de Paulo Pedroso ao parlamento, eventuais consequências políticas para o partido, para o próprio, cenários do seu regresso, cenários da sua ausência, se devia ou não regressar, etc.
Julgo que a razão do seu regresso ao parlamento é bastante mais prosaica: há contas para pagar e como Paulo Pedroso até hoje só fez política, não terá grandes alternativas.
O BRINCAR
"O brincar, porém, algum caráter de bem possui, na medida em que é útil para a vida humana. Pois, assim como o homem necessita, de vez em quando, interromper o trabalho e descansar da atividade física, assim também, de vez em quando, necessita subtrair-se à tensão de ânimo exigida pelas atividades sérias, para repouso da alma: e isso é o que se faz pelo brincar.
E por isto Aristóteles diz que, ao proporcionar ao homem um certo repouso das preocupações - que nesta vida e no relacionamento humano não faltam -, o brincar tem caráter de bem, de bem útil. Daí que no brincar possa dar-se um harmonioso diálogo e comunicação entre os homens: de tal modo que no brincar o homem diga e ouça adequadamente o que lhe é de proveito.
Há, contudo, uma grande diferença entre dizer e ouvir; há muitas coisas que um homem decentemente ouve, mas não poderia decentemente dizer".
in TRATADO SOBRE O BRINCAR (Comentário à Ética a Nicômaco, Livro IV, 16).
São Tomás de Aquino (Trad. Luiz Jean Lauand)
"O brincar, porém, algum caráter de bem possui, na medida em que é útil para a vida humana. Pois, assim como o homem necessita, de vez em quando, interromper o trabalho e descansar da atividade física, assim também, de vez em quando, necessita subtrair-se à tensão de ânimo exigida pelas atividades sérias, para repouso da alma: e isso é o que se faz pelo brincar.
E por isto Aristóteles diz que, ao proporcionar ao homem um certo repouso das preocupações - que nesta vida e no relacionamento humano não faltam -, o brincar tem caráter de bem, de bem útil. Daí que no brincar possa dar-se um harmonioso diálogo e comunicação entre os homens: de tal modo que no brincar o homem diga e ouça adequadamente o que lhe é de proveito.
Há, contudo, uma grande diferença entre dizer e ouvir; há muitas coisas que um homem decentemente ouve, mas não poderia decentemente dizer".
in TRATADO SOBRE O BRINCAR (Comentário à Ética a Nicômaco, Livro IV, 16).
São Tomás de Aquino (Trad. Luiz Jean Lauand)
10.10.03
Pink Cadillac on Art Deco Weekend
© Carl & Ann Purcell/CORBIS
© Carl & Ann Purcell/CORBIS
BREL
Não lamento informar que não gosto de Jacques Brel.
Não lamento informar que não gosto de Jacques Brel.
9.10.03
OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozínho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
preferiram (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozínho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
preferiram (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade
A DESCOBERTA DO MEL
Piero di Cosimo
The Discovery of Honey
c. 1505-1510
Oil on panel
Art Museum, Worcester, MA
Piero di Cosimo
The Discovery of Honey
c. 1505-1510
Oil on panel
Art Museum, Worcester, MA
A CITAÇÃO DO DIA
"Por muito que hoje se diga o contrário, a demissão de Martins da Cruz foi surpreendente e inesperada" Fernando Madrinha, Expresso Online
"Por muito que hoje se diga o contrário, a demissão de Martins da Cruz foi surpreendente e inesperada" Fernando Madrinha, Expresso Online
8.10.03
TÍTULOS "BRILHANTES"
"Segurança social mata contribuinte", Correio da Manhã;
"Estado receia aumento zero", Correio da Manhã;
"A dor no joelho que magoa a alma" O Jogo;
"Gabriel com uma distenção muscular", O Jogo (desminto!);
"Fernando Santos constipa-se quando sai de casa", Record;
"PGR alerta para a necessidade de provar inocência" , TSF
"Segurança social mata contribuinte", Correio da Manhã;
"Estado receia aumento zero", Correio da Manhã;
"A dor no joelho que magoa a alma" O Jogo;
"Gabriel com uma distenção muscular", O Jogo (desminto!);
"Fernando Santos constipa-se quando sai de casa", Record;
"PGR alerta para a necessidade de provar inocência" , TSF
RETRATOS DE UM PAÍS
SABEDORIA
"Já sabíamos isso",
pastor da Serra da Estrela, 37 anos, com a 2ª classe, comentando o facto de um estudo de Daniel Bessa ("quem é?") ter apontado uma acentuada perda de população e 2,8% negativos da taxa de crescimento da Beira Interior;
PIB
"Em bons meses tiro 70 contos, com o queijo e o leite", revela, visivelmente satisfeito com o que tem;
O DEMOCRATA INSTRUMENTAL
"Mas atenção, se vier a ser entendido que se deve avançar para esse referendo [sobre a constituição europeia] isso só pode significar que há razões suficientes de insatisfação com o estatuto de Portugal no resultado final da negociação". Manuel Queiró;
É SÓ RER
(...) os socialistas querem substituir a actual figura do ministro da República nas regiões autónomas pela de um representante especial da república (RER). Um "sucedâneo", disse Alberto Martins (...)
NÃO FUI EU QUE ASSINEI A LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS
A solução para o "desencanto actualmente existente", passa, segundo Jorge Sampaio, por motivar e reforçar a participação civíca e política dos cidadãos.
NÃO DECIDIR
"O ministro do ambiente nomeou uma nova comissão para estudar a reestruturação do sector das águas (...) O grupo de peritos poderá aproveitar partes do trabalho desenvolvido pela anterior comissão (...) e o estudo desenvolvido pela consultora Roland Berger.
JÁ SE SABIA
"As multas previstas no pacto de estabilidade para manter os défices orçamentais dos países-membros controlados transformaram-se ontem numa ameça vazia e com poucos probabilidades de poder alguma vez ser concretizada."
BRANDOS COSTUMES
"Escola de Viseu reabre após transferência de 12 crianças ciganas. (...) As aulas recomeçaram depois de ter sido garantida aos outros pais que doze crianças de etnia cigana foram transferidas para a escola de Rebordinho.
SINTOMAS I
Portugal é o terceiro país mais corrupto da UE
SINTOMAS II
Casos de BSE registados até Agosto ultrapassam total de 2002
ENCHER CHOURIÇOS
Português detido em Copenhaga
CIRCO
"Falta de apoios determina declínio dos circos". Estudo europeu critica Portugal. O circo em Portugal está em declínio por falta de apoio financeiro e legal do governo, tornando-se "urgente" proteger esta forma de expressão cultural no país. (...) As poucas companhias que sobriveram "contam com o público para garantir receitas, mas, se as suas prestações não são originais ou variadas, a assistência diminui (...).
Nota:
Textos a itálico retirado de noticias do jornal Público de 08-10-03. Selecção e títulos da minha responsabilidade.
SABEDORIA
"Já sabíamos isso",
pastor da Serra da Estrela, 37 anos, com a 2ª classe, comentando o facto de um estudo de Daniel Bessa ("quem é?") ter apontado uma acentuada perda de população e 2,8% negativos da taxa de crescimento da Beira Interior;
PIB
"Em bons meses tiro 70 contos, com o queijo e o leite", revela, visivelmente satisfeito com o que tem;
O DEMOCRATA INSTRUMENTAL
"Mas atenção, se vier a ser entendido que se deve avançar para esse referendo [sobre a constituição europeia] isso só pode significar que há razões suficientes de insatisfação com o estatuto de Portugal no resultado final da negociação". Manuel Queiró;
É SÓ RER
(...) os socialistas querem substituir a actual figura do ministro da República nas regiões autónomas pela de um representante especial da república (RER). Um "sucedâneo", disse Alberto Martins (...)
NÃO FUI EU QUE ASSINEI A LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS
A solução para o "desencanto actualmente existente", passa, segundo Jorge Sampaio, por motivar e reforçar a participação civíca e política dos cidadãos.
NÃO DECIDIR
"O ministro do ambiente nomeou uma nova comissão para estudar a reestruturação do sector das águas (...) O grupo de peritos poderá aproveitar partes do trabalho desenvolvido pela anterior comissão (...) e o estudo desenvolvido pela consultora Roland Berger.
JÁ SE SABIA
"As multas previstas no pacto de estabilidade para manter os défices orçamentais dos países-membros controlados transformaram-se ontem numa ameça vazia e com poucos probabilidades de poder alguma vez ser concretizada."
BRANDOS COSTUMES
"Escola de Viseu reabre após transferência de 12 crianças ciganas. (...) As aulas recomeçaram depois de ter sido garantida aos outros pais que doze crianças de etnia cigana foram transferidas para a escola de Rebordinho.
SINTOMAS I
Portugal é o terceiro país mais corrupto da UE
SINTOMAS II
Casos de BSE registados até Agosto ultrapassam total de 2002
ENCHER CHOURIÇOS
Português detido em Copenhaga
CIRCO
"Falta de apoios determina declínio dos circos". Estudo europeu critica Portugal. O circo em Portugal está em declínio por falta de apoio financeiro e legal do governo, tornando-se "urgente" proteger esta forma de expressão cultural no país. (...) As poucas companhias que sobriveram "contam com o público para garantir receitas, mas, se as suas prestações não são originais ou variadas, a assistência diminui (...).
Nota:
Textos a itálico retirado de noticias do jornal Público de 08-10-03. Selecção e títulos da minha responsabilidade.
PROPINAS
Proposta de alteração legislativa: No caso de os orgãos competentes das Universidades não fixarem o valor da propina, esta será estabelecida pelo valor MÁXIMO.
Acabava-se a palhaçada....
Proposta de alteração legislativa: No caso de os orgãos competentes das Universidades não fixarem o valor da propina, esta será estabelecida pelo valor MÁXIMO.
Acabava-se a palhaçada....
7.10.03
A FRASE DO DIA
"A minha obra está à vista", Luís Filipe Vieira, candidato a presidente do Benfica
"A minha obra está à vista", Luís Filipe Vieira, candidato a presidente do Benfica
UM HOMEM AGRADECIDO
"A estátua a Iúri Andropov - homem que dirigiu a polícia política KGB durante 15 anos - será instalada numa das artérias de Moscovo que tem o nome deste político soviético. Segundo a rádio Eco de Moscovo, a ideia terá partido do Presidente Putin, ex-coronel do KGB. Quando chegou ao Kremlin, em 2000, o dirigente devolveu à fachada do edifício da polícia secreta russa uma lápide com o busto de Andropov, que tinha sido retirada depois da queda do comunismo na URSS, em Agosto de 1991. Para uns Iúri Andropov é o iniciador das reformas. Para outros, o homem que prendeu dissidentes e ordenou o derrube de um Boeing sul-coreano que provocou a morte de mais de 200 pessoas." (Público)
"A estátua a Iúri Andropov - homem que dirigiu a polícia política KGB durante 15 anos - será instalada numa das artérias de Moscovo que tem o nome deste político soviético. Segundo a rádio Eco de Moscovo, a ideia terá partido do Presidente Putin, ex-coronel do KGB. Quando chegou ao Kremlin, em 2000, o dirigente devolveu à fachada do edifício da polícia secreta russa uma lápide com o busto de Andropov, que tinha sido retirada depois da queda do comunismo na URSS, em Agosto de 1991. Para uns Iúri Andropov é o iniciador das reformas. Para outros, o homem que prendeu dissidentes e ordenou o derrube de um Boeing sul-coreano que provocou a morte de mais de 200 pessoas." (Público)
ESPELHOS
Ler primeiro artigo original no "Público"
E agora um exercício alternativo. que poderia muito bem ser verdadeiro.
"George W. Bush Alerta para "Guerra Prolongada e Fútil" na Tchétchénia
O Presidente dos EUA, George W. Bush, considerou que a Rússia enfrenta actualmente na Tchétchénia a possibilidade de uma guerra prolongada, violenta e em última análise fútil, semelhante à travada pela ex-União Soviética no Afeganistão durante a década de 1980. Ao concretizar, definiu como "um erro" a decisão ocupar militarmente aquele território.
Numa extensa entrevista ao "Pravda" ontem publicada, Bush avisou que a Tchétchénia se pode tornar "num novo centro, num novo local de actuação para todos os elementos destrutivos". Sem as designar, acrescentou que "um enorme número de diferentes organizações terroristas provenientes do mundo muçulmano" entraram no país desde a intervenção russa.
Para responder a esta ameaça emergente, Bush considera que a administração do Presidente Putin deverá adoptar decisões rápidas para o regresso da normalidade e aprovar uma resolução da ONU onde seja claramente definido durante quanto tempo deverão permanecer no país as forças russas.
"Como é que a população local pode abordar forças cujo nome oficial é forças de interveção?", interroga-se Bush, sugerindo ainda ser inevitável um aumento da hostilidade face à Rússia caso a sua ocupação não obtenha legitimidade internacional, o que não é consensual actualmente.
"Os vossos receios não são destituídos de fundamento", afirmou o Presidente Bush quando lhe foi perguntado se a Rússia poderia ser forçada a um envolvimento na Tchétchénia durante pelo menos dez anos. "Podem registar-se problemas durante muito tempo", acrescentou.
Numa entrevista que se prolongou por três horas e abordou diversos temas, incluindo o desenvolvimento económico dos EUA e a situação política do país, Bush caracterizou as relações com a Rússia como "próximas e francas", utilizando mesmo em diversas ocasiões o termo "aliado". (...)
Ler primeiro artigo original no "Público"
E agora um exercício alternativo. que poderia muito bem ser verdadeiro.
"George W. Bush Alerta para "Guerra Prolongada e Fútil" na Tchétchénia
O Presidente dos EUA, George W. Bush, considerou que a Rússia enfrenta actualmente na Tchétchénia a possibilidade de uma guerra prolongada, violenta e em última análise fútil, semelhante à travada pela ex-União Soviética no Afeganistão durante a década de 1980. Ao concretizar, definiu como "um erro" a decisão ocupar militarmente aquele território.
Numa extensa entrevista ao "Pravda" ontem publicada, Bush avisou que a Tchétchénia se pode tornar "num novo centro, num novo local de actuação para todos os elementos destrutivos". Sem as designar, acrescentou que "um enorme número de diferentes organizações terroristas provenientes do mundo muçulmano" entraram no país desde a intervenção russa.
Para responder a esta ameaça emergente, Bush considera que a administração do Presidente Putin deverá adoptar decisões rápidas para o regresso da normalidade e aprovar uma resolução da ONU onde seja claramente definido durante quanto tempo deverão permanecer no país as forças russas.
"Como é que a população local pode abordar forças cujo nome oficial é forças de interveção?", interroga-se Bush, sugerindo ainda ser inevitável um aumento da hostilidade face à Rússia caso a sua ocupação não obtenha legitimidade internacional, o que não é consensual actualmente.
"Os vossos receios não são destituídos de fundamento", afirmou o Presidente Bush quando lhe foi perguntado se a Rússia poderia ser forçada a um envolvimento na Tchétchénia durante pelo menos dez anos. "Podem registar-se problemas durante muito tempo", acrescentou.
Numa entrevista que se prolongou por três horas e abordou diversos temas, incluindo o desenvolvimento económico dos EUA e a situação política do país, Bush caracterizou as relações com a Rússia como "próximas e francas", utilizando mesmo em diversas ocasiões o termo "aliado". (...)
6.10.03
POSTA DO DIA
"Ninguém está livre de um dia acordar ministro", nos Intrusos.
19.45, acessor do primeiro-ministro: "Então, sempre conseguiu falar com a Maria da Graça? É que temos de passar a informação às televisões, se não, o Pacheco e o Marcelo desancam o tempo todo no Martins da Cruz.
PM - Isto tá dificil. Ela não me atende. Deve ter ido passar o fim-de-semana no Algarve. No Algarve! E eu aqui aflito, que ninguém me atende! Espera aí, pá, não podes avançar com isso, sem eu falar ao menos com ela. Deixa eu tentar o SIS...
Acessor: Sim, mas é ela que quer, não é? Se não falar agora, fala depois. Olhe que eu acho que ela não vai dizer que não. Aliás, quem não quer trabalhar consigo?
PM - Não me gozes, que eu ponho-te a secretário das propinas...
Acessor: A sério? Posso divulgar?
PM - Eu divulgo é a tua ida para acessor no Iraque...Ora deixa lá ver. Parece que ela está em viagem. Vou tentar a Brigada de Trânsito.
Acessor - Ok. Eu vou só ali fumar um cigarro.
PM - Vê lá, não me dês bronca! Olha que fumar mata!
A ministra que de manhã, contactada pela TSF negou ter recebido qualquer convite, tomou posse hoje à tarde...
"Ninguém está livre de um dia acordar ministro", nos Intrusos.
19.45, acessor do primeiro-ministro: "Então, sempre conseguiu falar com a Maria da Graça? É que temos de passar a informação às televisões, se não, o Pacheco e o Marcelo desancam o tempo todo no Martins da Cruz.
PM - Isto tá dificil. Ela não me atende. Deve ter ido passar o fim-de-semana no Algarve. No Algarve! E eu aqui aflito, que ninguém me atende! Espera aí, pá, não podes avançar com isso, sem eu falar ao menos com ela. Deixa eu tentar o SIS...
Acessor: Sim, mas é ela que quer, não é? Se não falar agora, fala depois. Olhe que eu acho que ela não vai dizer que não. Aliás, quem não quer trabalhar consigo?
PM - Não me gozes, que eu ponho-te a secretário das propinas...
Acessor: A sério? Posso divulgar?
PM - Eu divulgo é a tua ida para acessor no Iraque...Ora deixa lá ver. Parece que ela está em viagem. Vou tentar a Brigada de Trânsito.
Acessor - Ok. Eu vou só ali fumar um cigarro.
PM - Vê lá, não me dês bronca! Olha que fumar mata!
A ministra que de manhã, contactada pela TSF negou ter recebido qualquer convite, tomou posse hoje à tarde...
TRISTE
O post "Terna é a Noite Stop" no Mar Salgado invoca a mais profunda tristeza que por aí anda.
O post "Terna é a Noite Stop" no Mar Salgado invoca a mais profunda tristeza que por aí anda.
RENÚNCIAS
Uma sondagem dá conta de que a maioria dos portugueses considera o pontificado de JPII como positivo, mas entendem que seria bom que ele renunciasse.
A questão da renúncia do Papa tem sido abordada pela imprensa e mesmo por alguns eclesiásticos, embora quase todos consideram que este ele não o fará.
Duas razões são geralmente apontadas: em primeiro lugar, João Paulo II está consciente do seu estado de saúde e do impacto que tal provoca na opinião pública (intena e externa à Igreja). E não só aceita, como incorpora tal facto na sua pastoral que leva já 25 anos. Ele própio assume-se como testemunho vivo da dignidade dos doentes, dos velhos e dos que sofrem, mas que se mantêm coligados com uma vida plena e com a esperança. Sobre isso não há muito a dizer.
Uma outra razão é invocada: a falta de precedente, pois que não haveria na Igreja registo de algum Papa ter resignado e simultaneamente, não existir ninguém a quem o Papa entregar o seu cargo e poder.
Sobre este segundo aspecto há que dizer que as coisas não se passam assim: quando um Papa morre, a Igreja não fica sem governo. Existe a figura de um Vigário-Geral que tem os poderes administrativos necessários e suficientes para convocar o acto electivo. E existem toda uma série de procedimentos previamente e legalmente consignados sobre os poderes de transição, sobre quem e que cargos é que se substituem uns aos outros em caso de necessidade. Portanto, no caso de o Papa resignar, a Igreja não ficava à deriva.
Em qualquer caso, convirá também dizer que na Igreja vigora o principio geral do direito de que o poder é entregue sempre aos eleitores. É a devolução do poder anteriormente delegado. Neste caso à assembleia de cardeais, fosse directamente numa cerimónia especialmente convocada para o efeito, fosse na pessoa do decano ou cardeal vigário-geral que o substituiria e que representa o orgão eleitor. É assim numa república, numa sociedade anónima, num club desportivo. E também na Igreja.
Por fim, a questão da falta de precedente, só pode ser argumento de ignorantes sobre história da Igreja. Houve diversos Papas que renunciaram ao seu cargo e nem por isso a Igreja deixou de existir, com mais ou menos dificuldades.
Por serem situações diferentes quanto ao processo de renúncia , apresentarei sumariamente apenas os dois últimos casos ocorridos: a renúncia de Celestino V, em 1294 e a de Gregório XII em 1415.
São Celestino V era um eremita, que vivia no alto de um monte, tendo fundado uma congregação de monjes dedicados à contemplação e oração. Naqueles tempos a Igreja e a Europa viviam tempos conturbados devido a catástrofes como a peste e as sucessivas guerras políticas. O anterior papa tinha falecido havia já dois anos e os cardeais não se entendiam quanto a um sucessor. Devido à fama da sua vida de santa piedade, e também por influência de Carlos II de Anjou que lhe conhecia o caracter submisso, Pedro del Morrone foi eleito papa em 1294 com o nome de Celestino V.
Depressa o alívio da sua eleição se tornou em sensação de escândalo. O pobre do monje, que de política e de governo nada percebia, por todos se deixava manipular. Logo nomeou 7 novos cardeais franceses e cinco italianos do agrado do imperador, autorgou inúmeros previlégios à sua propria ordem religiosa, a familiares, amigos. A todos quantos lhe pediam algo, ele dava.
Consciente das suas próprias limitações e pressionado pelas forças da Igreja que, não queriam ver o papado nas mãos do imperador, nem a revolta popular, Celestino V aceitou renunciar passados apenas 4 meses da sua eleição. Ao que consta, chamou os cardeais, entregou-lhes os documentos e as chaves e foi-se embora, retirando-se para o seu monte. Rapidamente o seu sucessor o mandou confinar a um castelo isolado em Fumone, onde morreu em 1276, supostamente envenenado. Foi canonizado em 1313 por Clemente V.
Thomas Mann tomou-o como personagem central do seu livro "O Eleito", onde se traça um retrato fascinante deste personagem tão contraditório.
Gregório XII (Angelo Corrario), tinha 79 anos quando foi eleito papa em 1406. Possivelmente tratou-se daquelas situações tão vulgares de, na dúvida, elege-se um "temporário" enquanto não aparece alguém mais marcante. (No género "primeiro-ministro do Luxemburgo para presidente da Comissão da UE"...).
Era aparentemente um homem bom e pio e um grande defensor do fim do cisma da Igreja em que esta então se encontrava, com um papa legítimo em Roma e outro ilegítimo em Avinhão. Todos os cardeais reunidos para a eleição juraram, que em caso de serem eleitos, renunciariam em nome da unidade da Igreja no caso de o anti-papa (de Avinhão) fizer o mesmo, para que um novo papa afirmasse plenamente a unidade da Igreja. Após a sua eleição, notificou o seu rival, Benedito XIII da sua eleição e das condições em que esta ocorrera. Após longas negociações, ficou acordado um encontro para renúncia mútua. Que não chegou a acontecer, pois ambos depressa começaram a negar o que anteriormente tinham dito, deitando as culpas um para o outro. Os seus antigos colegas eleitores, os cardeais, fizerem sentir o seu desagrado com esse desfecho e aparentemente ameaçaram-no de deposição. O Papa convocou-os a todos para Lucca, obrigou-os a não sair da cidade e criou 4 novos cardeais, todos seus sobrinhos. Alguns cardeais retidos em Lucca conseguiram escapar e foram ter com cardeais de Benedito XII e resolveram convocar um Concílio em Pisa onde os dois fossem depostos. Mas nenhum deles apareceu. Em 1409, na sua 5ª sessão, o Concílio de Pisa depôs os dois pontífices e elegeu Alexandre V. Ou seja, passaram a existir 3 "Papas"!
Pressionado por todos os lados (no interior da Igreja com vista a manter a suas promesssas e a auxiliar a unidade, e exteriormente pelos reis fartos de tanta luta e escândalo), em 1215, no Concílio de Constanza, Gregório XII cedeu. Enviou dois legados seus, que leram cartas a convocar legitimamente aquele mesmo Concílio e a aceitar que daquele dia em diante o que ali fosse decidido seria válido. No mesmo dia um seu delegado leu uma carta de renúncia do Papa, que foi aceite, ficando Gregório XIi a ser apenas Bispo de uma cidade perto de Roma e Legado Pontifício em Ascona. Morreu passados dois anos, dois meses antes da eleição do seu sucessor, Martinho V.
Temos portanto, dois exemplos de diferentes métodos de resignação: um, directamente no corpo eleitoral, representado pelos cardeais (Celestino V); um outro, (Gregório XII) resignação perante a Igreja como um todo, representada no Concílio.
Uma sondagem dá conta de que a maioria dos portugueses considera o pontificado de JPII como positivo, mas entendem que seria bom que ele renunciasse.
A questão da renúncia do Papa tem sido abordada pela imprensa e mesmo por alguns eclesiásticos, embora quase todos consideram que este ele não o fará.
Duas razões são geralmente apontadas: em primeiro lugar, João Paulo II está consciente do seu estado de saúde e do impacto que tal provoca na opinião pública (intena e externa à Igreja). E não só aceita, como incorpora tal facto na sua pastoral que leva já 25 anos. Ele própio assume-se como testemunho vivo da dignidade dos doentes, dos velhos e dos que sofrem, mas que se mantêm coligados com uma vida plena e com a esperança. Sobre isso não há muito a dizer.
Uma outra razão é invocada: a falta de precedente, pois que não haveria na Igreja registo de algum Papa ter resignado e simultaneamente, não existir ninguém a quem o Papa entregar o seu cargo e poder.
Sobre este segundo aspecto há que dizer que as coisas não se passam assim: quando um Papa morre, a Igreja não fica sem governo. Existe a figura de um Vigário-Geral que tem os poderes administrativos necessários e suficientes para convocar o acto electivo. E existem toda uma série de procedimentos previamente e legalmente consignados sobre os poderes de transição, sobre quem e que cargos é que se substituem uns aos outros em caso de necessidade. Portanto, no caso de o Papa resignar, a Igreja não ficava à deriva.
Em qualquer caso, convirá também dizer que na Igreja vigora o principio geral do direito de que o poder é entregue sempre aos eleitores. É a devolução do poder anteriormente delegado. Neste caso à assembleia de cardeais, fosse directamente numa cerimónia especialmente convocada para o efeito, fosse na pessoa do decano ou cardeal vigário-geral que o substituiria e que representa o orgão eleitor. É assim numa república, numa sociedade anónima, num club desportivo. E também na Igreja.
Por fim, a questão da falta de precedente, só pode ser argumento de ignorantes sobre história da Igreja. Houve diversos Papas que renunciaram ao seu cargo e nem por isso a Igreja deixou de existir, com mais ou menos dificuldades.
Por serem situações diferentes quanto ao processo de renúncia , apresentarei sumariamente apenas os dois últimos casos ocorridos: a renúncia de Celestino V, em 1294 e a de Gregório XII em 1415.
São Celestino V era um eremita, que vivia no alto de um monte, tendo fundado uma congregação de monjes dedicados à contemplação e oração. Naqueles tempos a Igreja e a Europa viviam tempos conturbados devido a catástrofes como a peste e as sucessivas guerras políticas. O anterior papa tinha falecido havia já dois anos e os cardeais não se entendiam quanto a um sucessor. Devido à fama da sua vida de santa piedade, e também por influência de Carlos II de Anjou que lhe conhecia o caracter submisso, Pedro del Morrone foi eleito papa em 1294 com o nome de Celestino V.
Depressa o alívio da sua eleição se tornou em sensação de escândalo. O pobre do monje, que de política e de governo nada percebia, por todos se deixava manipular. Logo nomeou 7 novos cardeais franceses e cinco italianos do agrado do imperador, autorgou inúmeros previlégios à sua propria ordem religiosa, a familiares, amigos. A todos quantos lhe pediam algo, ele dava.
Consciente das suas próprias limitações e pressionado pelas forças da Igreja que, não queriam ver o papado nas mãos do imperador, nem a revolta popular, Celestino V aceitou renunciar passados apenas 4 meses da sua eleição. Ao que consta, chamou os cardeais, entregou-lhes os documentos e as chaves e foi-se embora, retirando-se para o seu monte. Rapidamente o seu sucessor o mandou confinar a um castelo isolado em Fumone, onde morreu em 1276, supostamente envenenado. Foi canonizado em 1313 por Clemente V.
Thomas Mann tomou-o como personagem central do seu livro "O Eleito", onde se traça um retrato fascinante deste personagem tão contraditório.
Gregório XII (Angelo Corrario), tinha 79 anos quando foi eleito papa em 1406. Possivelmente tratou-se daquelas situações tão vulgares de, na dúvida, elege-se um "temporário" enquanto não aparece alguém mais marcante. (No género "primeiro-ministro do Luxemburgo para presidente da Comissão da UE"...).
Era aparentemente um homem bom e pio e um grande defensor do fim do cisma da Igreja em que esta então se encontrava, com um papa legítimo em Roma e outro ilegítimo em Avinhão. Todos os cardeais reunidos para a eleição juraram, que em caso de serem eleitos, renunciariam em nome da unidade da Igreja no caso de o anti-papa (de Avinhão) fizer o mesmo, para que um novo papa afirmasse plenamente a unidade da Igreja. Após a sua eleição, notificou o seu rival, Benedito XIII da sua eleição e das condições em que esta ocorrera. Após longas negociações, ficou acordado um encontro para renúncia mútua. Que não chegou a acontecer, pois ambos depressa começaram a negar o que anteriormente tinham dito, deitando as culpas um para o outro. Os seus antigos colegas eleitores, os cardeais, fizerem sentir o seu desagrado com esse desfecho e aparentemente ameaçaram-no de deposição. O Papa convocou-os a todos para Lucca, obrigou-os a não sair da cidade e criou 4 novos cardeais, todos seus sobrinhos. Alguns cardeais retidos em Lucca conseguiram escapar e foram ter com cardeais de Benedito XII e resolveram convocar um Concílio em Pisa onde os dois fossem depostos. Mas nenhum deles apareceu. Em 1409, na sua 5ª sessão, o Concílio de Pisa depôs os dois pontífices e elegeu Alexandre V. Ou seja, passaram a existir 3 "Papas"!
Pressionado por todos os lados (no interior da Igreja com vista a manter a suas promesssas e a auxiliar a unidade, e exteriormente pelos reis fartos de tanta luta e escândalo), em 1215, no Concílio de Constanza, Gregório XII cedeu. Enviou dois legados seus, que leram cartas a convocar legitimamente aquele mesmo Concílio e a aceitar que daquele dia em diante o que ali fosse decidido seria válido. No mesmo dia um seu delegado leu uma carta de renúncia do Papa, que foi aceite, ficando Gregório XIi a ser apenas Bispo de uma cidade perto de Roma e Legado Pontifício em Ascona. Morreu passados dois anos, dois meses antes da eleição do seu sucessor, Martinho V.
Temos portanto, dois exemplos de diferentes métodos de resignação: um, directamente no corpo eleitoral, representado pelos cardeais (Celestino V); um outro, (Gregório XII) resignação perante a Igreja como um todo, representada no Concílio.
LE PORTUGAIS (THE EMIGRANT)
Georges Braque
Ceret [and Paris], autumn 1911-early 1912
Oil on canvas
46 x 32 in. (117 x 81 cm.)
Kunstmuseum Basel
Romilly 80
Georges Braque
Ceret [and Paris], autumn 1911-early 1912
Oil on canvas
46 x 32 in. (117 x 81 cm.)
Kunstmuseum Basel
Romilly 80
TORNEIO DAS QUATRO NAÇÕES
O hóquei em patins já morreu e ninguém deu conta disso. Basta ver que tipo de patins todas as crianças, jovens e adultos usam nos passeios públicos: patins em linha e não os tradicionais.
A final foi jogada perante o entusiasmo frenético de 3600 assistentes...
O próximo campeonato de hóquei será nos EUA, essa extraordinária potência do hóquei patinado...
Cada jogador inglês teve de pagar do seu bolso 500 euros para vir a Portugal.
Um selecionador teve de regressar a casa a meio do campeonato do mundo porque a empresa onde trabalha exigiu o seu regresso imediato;
O treinador de Angola (um português), nem se deslocou àquele país: conheceu os jogadores 15 dias antes do torneio;
A meio de um jogo, choveu torrencialmente no pavilhão, alagando tudo e todos;
O hóquei em patins já morreu e ninguém deu conta disso. Basta ver que tipo de patins todas as crianças, jovens e adultos usam nos passeios públicos: patins em linha e não os tradicionais.
A final foi jogada perante o entusiasmo frenético de 3600 assistentes...
O próximo campeonato de hóquei será nos EUA, essa extraordinária potência do hóquei patinado...
Cada jogador inglês teve de pagar do seu bolso 500 euros para vir a Portugal.
Um selecionador teve de regressar a casa a meio do campeonato do mundo porque a empresa onde trabalha exigiu o seu regresso imediato;
O treinador de Angola (um português), nem se deslocou àquele país: conheceu os jogadores 15 dias antes do torneio;
A meio de um jogo, choveu torrencialmente no pavilhão, alagando tudo e todos;